Uma falha imperdoável. Este blog deveria ter começado com um “post” de homenagem a este Museu. Mas ainda vou a tempo de fazer justiça.
O Museu de Aveiro, fundado em 1911 nos tempos da 1.ª República, ocupa o antigo edíficio do Convento de Jesus da referida cidade. Fundado por senhoras nobres, este convento sempre gozou de proteção régia e papal e viu a sua importância crescer com a ida da filha de D. Afonso V, a Princesa Santa Joana, para os seus claustros. Esta princesa teria um papel determinante na história de Aveiro, sendo que se tornou padroeira da cidade e é, ainda hoje, venerada por muitos a cada 12 de Maio.
As colecções do Museu de Aveiro são compostas, como seria de esperar, por colecções provenientes do extinto Convento de Jesus (foi um dos que se extinguiram com o fim das ordens religiosas decretado em 1834), mas também existem peças de outras proveniências, entre as quais se destacam os outros conventos da cidade extintos pela legislação liberal
Pintura, da qual gostava de destacar uma Virgem do Leite que sempre me fascinou, escultura, talha (uma capela Barroca que é um dos melhores exemplares do género em Portugal), gravura (por esta tenho um carinho muito especial e não queria destacar nenhuma das peças), cerâmica e azulejaria, têxteis (tem fabulosos exemplares de panos de armar, entre muitas outras peças), desenho, livro antigo (onde se destaca a crónica do convento) entre muitas outras colecções desde a arqueologia, passando pela numismática e acabando na escultura de pedra, são as colecções que podem encontrar neste museu.
Para mim será sempre o melhor museu do país… mesmo conhecendo outros com mais condições fisicas, com melhores programas museológicos, com mais pessoal, com mais dinheiro… este museu, perdoem-me, o meu Museu é o melhor de todos. Foi lá que aprendi as bases, foi aí que consegui aplicar pela primeira vez os míseros conhecimentos que trazia da universidade, foram as pessoas do Museu que me mostraram como se pode ser competente e eficaz trabalhando com o mínimo de recursos (ou mesmo sem nenhuns).
Por tudo isto só vos posso recomendar uma visita… ou melhor, a primeira visita!