E se a música portuguesa gostar realmente dela própria?

E se a música portuguesa gostar realmente dela própria?

Há uns tempos ouvi o Rui Raposo da UA a falar sobre a importância das conversas informais para os avanços nas pesquisas e no conhecimento e, desde logo, consegui recordar uma quantidade significativa de vezes em que consegui, na calma de uma cerveja ao final da tarde ou de um café depois de uma conferência, avançar em assuntos que estavam bloqueados ou conhecer, em conversa com amigos e colegas, outras realidades e caminhos que viriam a se tornar úteis (alguns fundamentais) para o trabalho que desenvolvo.

Na semana passada, depois do workshop de que vos falei aqui, tive o prazer de conseguir tomar um café na Brasileira com a Maria José Almeida e com a Inês Fialho Brandão. Entre mil e um assuntos que estiveram na baila (os museus ocupam quase sempre uma parte significativa destas conversas, não é senhoras?), a música acabou por ter um destaque considerável. Não me perguntem como chegamos lá, mas acabamos a falar sobre um projecto do Tiago Pereira intitulado “A Música Portuguesa a gostar dela própria” que eu desconhecia por completo (shame on me!!!), ainda que diversos amigos (de norte a sul do país) e colegas me digam que já o conheciam com aquele ar que nos diz sem verbalizar “tu não conhecias isto… em que planeta vives!?” e “ahh sei… é do Tiago!” Pois! Nada que me espante. Afinal todos os dias me mostram projectos, estudos, etc. dos quais nunca tinha ouvido falar, não é?

O que importa realmente, para além da certeza que aprenderei todos os dias até ao fim da vida, é que este projecto é fantástico. Percorrer o país a gravar velhinhas, como diz o próprio Tiago Pereira na talk que fez no TEDxO’Porto (vídeo abaixo) e não só é um excelente contributo para a nossa memória colectiva, mas também um trabalho de recolha e divulgação de património que merece (ao menos) o nosso reconhecimento.

[youtube=http://youtu.be/W7UmDytesGQ&w=400]

 

Os vídeos que o Tiago e a sua equipa vão gravando estão disponíveis aqui (ide… ide e ouvi que é bom) e o projecto tem uma página no FB que nos vai mantendo ao corrente da actividade. Tinha que deixar aqui a referência ao projecto e ao mesmo tempo deixar-vos com um pouco de música, a que se segue, do Samuel Úria. Que acham vocês do projecto?

[vimeo 23902437]

© Imagem: daqui.

Livro – Museus e Património Imateral – Ana Carvalho

Livro – Museus e Património Imateral – Ana Carvalho

No próximo dia 9 será lançado na Universidade de Évora o livro sobre património imaterial e museus da autoria da Ana Carvalho do blog No Mundo dos Museus. Esta sessão realiza-se entre as 18h00 e as 19h00 na sala 131 do Colégio do Espírito Santo. A entrada é livre.

Nas palavras da autora esta publicação:

…é o resultado de uma tese de mestrado apresentada em 2009 na Universidade de Évora no âmbito do Mestrado em Museologia. Trata-se de uma reflexão em torno do enquadramento normativo da UNESCO, em particular a Convenção para a Salvaguarda do património Cultural Imaterial (2003) e o papel dos museus nesta área. Os museus são um dos agentes intervenientes na definição de estratégias de salvaguarda do Património Cultural Imaterial e é a partir desta premissa que procuramos enquadrar as responsabilidades dos museus neste campo. Sublinham-se as problemáticas e os desafios implicados numa abordagem ao património, cada vez mais alargada, e que reclama, por sua vez, intervenções mais integradas, seja do ponto de vista dos parceiros envolvidos seja do ponto de vista da diversidade dos campos disciplinares envolvidos.

À Ana não podia deixar de endereçar os meus mais sinceros parabéns pelo trabalho desenvolvido e pela publicação do livro.

Fica a referência para os possíveis interessados.

Carvalho, Ana, 2012. Os Museus e o Património Cultural Imaterial: Estratégias para o Desenvolvimento de Boas Práticas. Lisboa: Colibri-CIDEHUS. ISBN 978-989-689-169-5.

Object Stories – Portland Art Museum

Object Stories – Portland Art Museum

The Portland Art Museum offers a unique opportunity to share your story about an object that is meaningful to you. Do you have something you would never give up? Like a favorite childhood toy, a military medal, or a memento? Something that lives on your wall, your mantle, or buried in a corner of your dresser? Something that evokes a time or person in your life, a place you miss, or something you hope for?

Procurava por questões relacionadas com a documentação de história dos objectos e encontrei este projecto muito interessante sobre cultura material que leva as pessoas ao museu para contar a história dos seus objectos.