É uma sorte, confesso, ser membro do ICOM quando se viaja para Paris. Um bilhete para qualquer museu custa na ordem dos 7 ou 8 euros e, convenhamos, se quisermos visitar mais do que dois ou três, o custo de uma viagem cultural pelos museus parisienses é elevado (para uma carteira portuguesa mediana). Não que eu ache que sejam caros tendo em conta o restante custo de vida em Paris. Fica mais barato ir ao Louvre (7,5 euros nos dias que correm) do que ir ao Café de Flore beber um café e uma cerveja (13 euros), se bem que neste podemos sempre dar de caras com o produtor Paulo Branco ou com a mulher do Bernard-Henry Lévy (segundo as palavras de uma parisiense muito simpática que estava na mesa do lado).
No entanto, em cada museu sentimos que o dinheiro das entradas (o dos meus companheiros de viagem) é bem utilizado. São museus com condições, nos quais a cada sala nos deparamos com algumas das melhores obras de arte feitas pelo homem ao longo da História. Em Orsay (magnífico museu) percebe-se um trabalho de planeamento museológico apurado, pensado ao mínimo pormenor. A luz, as condições ambientais (num edifício que foi projectado para ser uma gare de comboios), a disposição dos objectos, o discurso expositivo, enfim tudo se conjuga para nos providenciar uma visita (muito rápida a nossa, infelizmente) extremamente agradável.
Ficaram por visitar um grande número de museus, mas como Paris ainda ficará por lá muitos anos (e eu conto viver também muitos), temos tempo para voltar e voltar e uma vez mais voltar. Fica aqui, em jeito de mimo para os meus leitores, uma das mais belas representações da Mulher.
Vénus de Milo
Museu do Louvre
Paris é, para mim, aquela cidade onde quero ir todos os anos, nem que seja só por um dia ou dois, e sempre com uma visita ao Louvre agendada!
Cláudia,
Tens toda a razão, no entanto, eu prefiro a visita ao British e à National Gallery! 🙂