by Alexandre Matos | Fev 16, 2012 | Eventos
Para quem estiver no Porto e sem programa logo à noite, sugiro a mesa redonda organizada pela Universidade do Porto intitulada “Rocha Peixoto – Das Ciências às Humanidades” com a presença de Frederico Sodré Borges, professor catedrático aposentado da Faculdade de Ciências (FCUP), Luís Cabral, bibliotecário arquivista da Câmara Municipal do Porto e António Manuel Passos Almeida (meu caro colega e amigo), técnico superior da Casa-Oficina António Carneiro.
António Augusto da Rocha Peixoto foi um arqueólogo e etnólogo português. Nasceu na Póvoa de Varzim, mas veio para o Porto estudar, para o Liceu Central e para a Academia Politécnica, onde acaba por trabalhar como naturalista. Organizou o Gabinete de Mineralogia, Geologia e Paleontologia da Academia Politécnica do Porto (precursora da Universidade). Foi Professor na Escola Industrial Infante D. Henrique e Diretor da Biblioteca Pública Municipal do Porto e do Museu Municipal do Porto.
Chegou a secretariar a «Revista de Portugal» fundada pelo seu conterrâneo Eça de Queirós e colaborou em outros jornais e revistas. Na Póvoa de Varzim fez trabalhos de arqueologia na cividade de Terroso. Duas semanas depois de morrer, o corpo foi transferido do cemitério de Agramonte no Porto para o da Póvoa.
Para além de investigador foi um divulgador de ciência.
A mesa redonda terá lugar no Auditório Ruy Luíz Gomes (4º piso) do edifício da Reitoria da U.Porto (Praça Gomes Teixeira) pelas 21:30h. A entrada é livre.
Eu confesso que tinha planeado ir, mas como tive de rumar a sul temo não chegar a horas.
by Alexandre Matos | Nov 8, 2011 | Eventos, ICOM
Excelentes duas horas que passei no encontro organizado pelo ICOM Portugal sobre a sustentabilidade financeira (e outras) dos museus nos tempos difíceis que vivemos. Excelente também a organização deste encontro pela Maria Vlachou e pela Inês Brandão e a oportunidade do mesmo e por estes motivos aqui fica o meu reconhecimento à actual direcção do ICOM pelo trabalho que tem desenvolvido nos últimos anos.
Para além do meu reconhecimento fica também um pedido de desculpas mais público, por não me ter sido possível assistir a todo o encontro, mas as responsabilidades inerentes à paternidade e questões urgentes no trabalho, impediram-me de ter assistido, como gostava, a todas as comunicações.
Em todo o caso alguns aspectos que foram abordados da parte da manhã serviram de mote para pensar sobre este importante assunto e perceber que não podemos ter uma receita comum para todos os museus e que todo este problema tem de ser encarado de uma forma global e respondido com base numa sólida estratégia reflectida numa política museológica para ser implementada no médio prazo.
Dos assuntos abordados e discutidos houve um que me chamou a atenção, por me parecer de resolução tão óbvia, a actual lei do mecenato e o empecilho que a burocracia do Estado é para as empresas e particulares. E chamou-me a atenção por ser um assunto sobre o qual ainda não ouvi (nos últimos tempos pelo menos) uma única declaração da parte dos responsáveis. Era uma boa contrapartida aos anunciados cortes, não vos parece? Uma lei do mecenato que ajudasse o sector em vez de ser complicada e geograficamente focalizada na capital ou em instituições culturais de grande porte. Uma lei que pudesse facilitar e dar incentivos a quem pretende contribuir directamente para um projecto cultural da sua eleição.
Parece-me que temos muito, mesmo muito para fazer, mas ontem fiquei com a certeza que temos gente competente para levar o barco a bom porto.
by Alexandre Matos | Out 11, 2011 | Eventos
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Juro que não dão o vosso tempo se virem o vídeo acima com atenção. E até podem tirar ideias…
by Alexandre Matos | Jun 14, 2011 | Eventos, ICOM
Não me canso de elogiar o excelente trabalho que os colegas da direcção do comité nacional do ICOM estão a desenvolver nos últimos anos. Já o fiz em diversos lugares, mas aproveito também para deixar aqui escrito o meu reconhecimento pelo excelente e meritório trabalho.
O encontro referido no título é mais um exemplo de uma excelente iniciativa que promove o diálogo entre diferentes países com um elo comum, a língua portuguesa. De facto, a menção, no texto de divulgação publicado no site do ICOM Portugal, para a intenção de “regular […] parcerias entre profissionais e museus em países e comunidades de língua portuguesa e potenciar a sua afirmação no seio do ICOM”, parece-me ser um dos mais importantes contributos, a par dos Seminários de Investigação em Museologia de Língua Portuguesa e Espanhola, para a afirmação internacional da museologia portuguesa.
Gostava muito de apresentar uma comunicação sobre a minha área de investigação, mas não me parece (pode ser erro de leitura meu) que haja uma área onde possa incluir uma comunicação sobre documentação em Museus. Vou inquirir a direcção do ICOM e a organização do encontro sobre esse assunto. Em todo caso farei o impossível para estar presente, apesar de na mesma altura se realizar o CIDOC e o seminário referido acima. Será, não tenho dúvidas nenhumas, um dos momentos mais marcantes na museologia nacional.
Mais informações em VI ENCONTRO DE MUSEUS DE PAÍSES E COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA
Programa e apelo
by Alexandre Matos | Fev 3, 2011 | Eventos, Exposições
Muito interessante o programa que segue em baixo. Um excelente trabalho do MNAA.
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by Alexandre Matos | Nov 17, 2010 | Eventos
Não posso deixar de escrever umas linhas, quanto mais não seja para memória futura, sobre o 7º Encontro de Utilizadores da Sistemas do Futuro.
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Em primeiro lugar um sentido agradecimento a toda a equipa do Museu de Portimão pelo acolhimento e simpatia e aos Dr. Miguel Gil e Dr. José Gameiro pelo forma como sempre me receberam numa casa que dispensa apresentações. Uma visita a este importante museu algarvio é sempre um prazer renovado e merece todos os quilómetros que faço para lá voltar.
Um outro agradecimento é devido também a todos os participantes que se deslocaram a Portimão naqueles dias. Numa altura complicada vários foram os que marcaram mais uma vez a sua habitual presença e vários os que arriscaram uma ida pela primeira vez. Espero que todos sem excepção tenham dado como útil e prazenteiro o tempo que despenderam com este evento.
E para acabar com os agradecimentos, falta-me a devida vénia a todos os oradores (menos ao Alexandre Matos, por razões óbvias) que nos presentearam com um dos melhores encontros que a Sistemas do Futuro já organizou em termos de qualidade e aprendizagem. Não os podendo mencionar a todos (para não maçar os leitores), queria agradecer-lhes o importante contributo que dão com o seu trabalho para o desenvolvimento de vários temas da museologia e património.
O 7º Encontro de Utilizadores da SF é realizado de dois em dois anos pela empresa para a qual tenho o orgulho de trabalhar. O seu objectivo é constituir-se como um fórum de debate e divulgação sobre alguns projectos realizados por clientes da Sistemas do Futuro que possam ser uma referência para outras instituições similares. Estes encontros têm sido, segundo o feedback que vamos recebendo, excelentes momentos de reflexão e troca de contactos entre pessoas e instituições que têm missões e objectivos comuns.
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Este ano, à semelhança do que aconteceu em edições passadas, resolvemos proporcionar um workshop sobre Social Media e Museus, protagonizado pela minha colega e amiga Maria van Zeller (que defendeu recentemente uma tese sobre o assunto na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e por Conxa Rodà, responsável pelo projecto Museo Picasso 2.0 do Museu Picasso de Barcelona. Este workshop foi dividido em duas partes: a primeira mais teórica, onde Conxa Rodà falou sobre as redes sociais e a oportunidade que os museus têm para se promoverem e entrarem num mundo cada vez mais aliciante no que respeita à conquista de público e a segunda na qual a Conxa e a Maria fizeram com que todos os participantes se reunissem em grupos de trabalho para desenhar uma estratégia de utilização das redes sociais para divulgar e promover uma “colecção” que lhes era dada previamente. Em breve penso que as duas terão um texto sobre o workshop com algumas conclusões sobre o trabalho desenvolvido naquele dia. (Já o fiz pessoalmente, mas importa deixar aqui um agradecimento especial à Maria e à Conxa pelo excelente trabalho que fizeram).
O segundo dia é normalmente preenchido por um conjunto de apresentações que quase não nos deixa tempo para respirar. Este ano foram apresentados projectos de Cascais, do Museu Ferroviário, da Europeana Local, da Rede de Azulejaria da Faculdade de Letras da UL, do grupo que desenvolve o Thesaurus de Acervos Científicos, do Museu D. Diogo de Sousa, do Ministério da Educação, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e da Sistemas do Futuro. Todos eles de uma qualidade e importância vital para o contexto museológico nacional. O leque de temas é também variado: ligações entre bases de dados de gestão de património e SIG, criação e gestão de thesauri, colecções online, guias multimédia e jogos multimédia para museus. Enfim um dia de aprendizagem intenso e compensador na minha opinião.
Por fim e em jeito de conclusão muito pessoal não posso deixar de dizer que este encontro foi muito proveitoso e útil. Ouvi e vi várias pessoas a discutir muitos dos temas abordados e várias vezes fui interpelado sobre um ou outro pormenor de alguns dos projectos apresentados. Fico (ficamos) contentes por isso e agradeço, uma vez mais, a todos pelo sucesso da iniciativa. Ele deve-se a todos vós.