Mudar a vida, mantendo-a!

Mudar a vida, mantendo-a!

9429 dias! 25 anos, 9 meses e 24 dias! É uma vida inteira! Ou melhor, é uma parte considerável da vida em que a Sistemas do Futuro foi a minha constante profissional. Uma segunda casa, onde passei horas e horas a trabalhar, a rir, a aprender, a ensinar, a stressar, a irritar-me, a chorar (menos vezes felizmente), a celebrar, em suma, a viver!

Sou de uma geração que ainda ouvia os pais a louvar a estabilidade profissional, mas que sabia que seria difícil conseguir um emprego constante e duradouro. Quando iniciei funções, há 9429 dias, na Sistemas estava longe de pensar que ali construiria a minha vida profissional, mas o que é certo é que o fiz, com sucesso e com felicidade.

Quando comecei, apresentado pelo Mário Brito, num estágio da pós graduação em museologia da FLUP, tinha como objectivo escrever o manual de utilização do in arte. Não imaginava que o iria rescrever múltiplas vezes ao longo dos anos, porque a intenção inicial era ir trabalhar para um museu, se possível voltar ao meu Museu de Aveiro. Estive lá uns três meses, se bem me recordo, com a Érica, até que o Fernando me convidou a ficar e me ofereceu um contrato de trabalho para assegurar a formação dos utilizadores dos sistemas in arte e dar assistência técnica.

Os primeiros tempos foram uma loucura intensa. O Fernando, o António, o Sérgio e a Aurora eram a Sistemas de então. Em 1999 celebrava-se cada venda com jantares de leitão na Maia, trabalhava-se até às tantas da manhã para preparar uma apresentação de uma nova funcionalidade ou versão, aguardávamos ansiosamente por boas notícias quando o barulho do fax anunciava uma possível comunicação de um novo cliente, tínhamos de ligar o modem para ler o e-mail da Sistemas (ainda era futuresystems@mail.telepac.pt acho eu) e passava tempos sem fim a ver o António e o Sérgio a programar e a aprender com eles SQL e edição em HTML com uma porcaria de um editor da Microsoft de que já não me recordo o nome!

O António (e também o Sérgio) foi essencial para mim. A programação hardcore, o cuidado que tinha, a paciência a mostrar-me os segredos de bases de dados relacionais, da lógica, dos scripts, das queries, o básico do Visual Basic, entre mil e uma coisas que me ensinou deram-me as ferramentas necessárias para os compreender e poder traduzir os seus 0 e 1 básicos, para os complexos raciocínios museológicos dos colegas dos museus e vice-versa. Estou eternamente grato a ambos por isso e pelas corridas de cadeiras, pelas noites de diversão e trabalho, pelas viagens que fizemos juntos.

Pouco tempo depois juntaram-se a Natália e a Sónia. Sobre estas duas irmãs de coração tenho tanto, mas tanto para contar. Trabalho, amizade, diversão, felicidade, partilha… amor fraterno e admiração enorme por tudo que representam até hoje para mim.

A Natália estava sempre ali presente, continua a estar presente, foi o nosso esteio na Sistemas e o nosso norte. Quando nos faltou fisicamente isso ficou evidente para todos. Orientava as tropas todas e foi minha parceira e amiga todos os dias desde que a vi a entrar no 4.3. Sinto-lhe a falta sempre e ao mesmo tempo trago-a sempre comigo!

A Sónia foi a continuação do António como minha professora nas coisas das tecnologias, acrescida das responsabilidades de amiga grande que assumiu desde logo. Faz parecer simples uma porcaria de uma instrução SQL enorme, devora problemas complexos e resolve aquela merdice com duas ou três linhas de código é a empatia em pessoa e tenho o enorme privilégio de a ter como uma das minhas melhores amigas.

Com a integração de ambas, o meu trabalho inicial na Sistemas foi alterando e pude dedicar-me também à análise dos novos produtos. Durante os primeiros anos deste século, após resolvermos o bug do milénio, criamos o in domus, o in patrimonium, o in natura, o in memoria, o in site e o in web. A recuperar informações noutro dia, vi que em 2000, sim em 2000, tínhamos já publicado a coleção online do Museu Municipal de Vale de Cambra (encontrem lá outra desssa safra).

Nesta altura, ou por esta altura, passaram pela empresa o Nuno, o Paulinho (um enorme amigo com quem já tinha trabalhado quando andei a fazer de copywriter numa agência de publicidade), a Silvia (I), a Joana, penso que a Elisabete também nesta altura, que acabaram por sair pouco tempo depois. Entrou também a Maria van Zeller pouco tempo depois (foram muitas mexidas em pouco tempo, visto daqui) e acabou por ser a amiga e colega dos rabiscos e Photoshop (os tontos chamam-lhe design) que mais tempo nos deu o prazer da sua companhia, alegria e das histórias das férias da neve.

O Armindo deve ter entrado na mesma altura que a Maria ou pouco tempo depois. Um bom amigo, sereno, calmo, sempre muito discreto, mas com um humor magnífico que se mantém na Sistemas até hoje, apesar de estar numa fase mais complicada da vida.

O Adão também deve ter chegado por esta época, mas o nosso padeiro oficial era uma alma errante e não tinha poiso fixo, tanto nos visitava com natas, como estava ocupado nos afazeres das padarias que governava.

Com o Nuno, o Paulo, o Armindo, o Adão e a Maria havíamos de nos aventurar em sites, plataformas multimédia, aplicações, etc. que nos trariam reconhecimento e prémios internacionais como o do AVICOM. Com eles fui aprendendo também a magia que era olhar para uma folha em branco e imaginar, com meia dúzia de rabiscos, um novo site, uma aplicação, um interface que passados uns meses se concretizava em 0 e 1s pelas mãos dos programadores e do povo do Flash.

É nesta senda que entra também o Hugo, músico de alma, programador multimedia de profissão que me foi introduzindo nas andanças da Macromedia e também nas da edição de vídeo e som (Adobes desta vida). Um companheiro de luta também nas noites de celebração. Por esta altura tivemos por lá também a Margarida. Das poucas que saiu zangada da equipa.

Estávamos para aí em 2007, ano em que acabei o mestrado e demos início ao programa de apoio à investigação na Sistemas do Futuro, que permitiu a realização de licenciaturas, formação avançada, participação em conferências, mestrados e doutoramentos (alguns interrompidos) que mostram que mesmo em empresas pequenas é possível apostar na formação avançada dos seus trabalhadores.

Era tempo de crescimento forte. A versão premium consolidou-se como a melhor alternativa dos sistemas de gestão de coleções existente em Portugal. Tínhamos iniciado o seu desenvolvimento com a Gulbenkian, em 2003, e a experiência do Museu e CAM ajudaram imenso neste sucesso. Foram anos trabalhosos, desafiantes, mas muito compensadores.

Em 2009 nasce o João, o meu mais velho, três anos depois a Inês, a mais nova, a Sistemas continua a crescer e permite que inicie nessa altura o doutoramento em museologia. De 2010 a 2013 (data da defesa) foram anos de doutoramento em contexto de empresa, apoiado pela FCT e pela SF, com o papel determinante do Rui Centeno e do Fernando como amigos, conselheiros e orientadores.

Quando o acabei, iniciamos na Sistemas o desenvolvimento da versão NET das nossas aplicações. Anos desafiantes se seguiram, com a Sónia a assumir o leme da equipa de desenvolvimento para uma versão da aplicação que modificava quase tudo menos a continuidade do cumprimento estrito das normas internacionais de documentação em museus e com uma sacana de uma crise que nos levou (bendita opção do Fernando) a procurar outros mercados, nomeadamente o brasileiro.

Por esta altura, se a memória não me falha, entraram para a Sistemas do Futuro, a Mónica, a nossa maior defensora dos animais e responsável pelo desenvolvimento do in web, a Sofia (programadora de relatórios, de sites complicados e responsável pelas migrações complexas que sempre nos fazem chegar) e, um pouco mais tarde, o André. Entrou também a Sílvia, talvez um pouco depois, para complementar o nosso trabalho com alguém de arquivos e colaborar nas questões administrativas e de apoio comigo e com a Natália. Conseguimos, com o esforço de todos, consolidar a versão NET, ir para o Brasil e enfrentar um mercado complexo, manter o apoio e suporte em Portugal e Espanha (ainda que com algumas dificuldades) e acrescentar um conjunto de funcionalidades ao in web e in site que possibilitaram projetos de que me orgulho muito a nível pessoal e profissional.

A nossa ida para o Brasil permitiu que conhecesse o universo dos museus num outro continente. Uma perspectiva que não teria a ler ou a participar em conferências, mas que ganhei pela mão da Expomus (nossa parceira desde sempre) e da sua equipa. A Maria Ignez, a Alessandra Labate Rosso, a Roberta Saraiva Coutinho e a Beatriz Isshiki Resende foram âncoras nesse processo e depois juntaram-se a elas as Ju (Monteiro e Rodrigues Alves), o Gabriel Bevilacqua, a Juliana Bevilacqua, o Gustavo Aquino, a Elizabete de Castro Mendonça, a Ana Panisset, a Yaci-Ara Froner Gonçalves, o Wilton Guerra, a Fernanda D’Agostino, a Paula Coelho, entre tantos outros que generosamente me acolheram do outro lado do Atlântico.

Um pouco depois, o Fernando permitiu (incentivou mais do que permitiu) que dedicasse algum tempo ao ICOM, com a candidatura à direção do CIDOC como membro regular e, depois, como editor. De 2016 a 2022 tive esse grato prazer de fazer parte da direção de uma organização fundamental para a documentação em museus e, uma vez mais, aprendi imenso! O apoio da Sistemas do Futuro e dos meus colegas nunca faltou. Tanto não faltou que durante esse período ainda tive a oportunidade de participar, como representante do ICOM Portugal, no projeto Mu.SA que se iniciou em 2016 e durou, atravessando a pandemia, até 2020!

De 2020 até agora saiu a Maria van Zeller, mas entrou a Rita (que ficou pouco tempo), depois veio a Sofia (para me salvar das coisas dos projetos multimédia), entrou também o Jairo… desculpem, o Bruno, que nos ganha a todos em boa disposição, e agora, entra a Patrícia, como ela diz, a mais antiga das novas colaboradoras da Sistemas, porque é da casa há anos e anos!

Neste tempo todo a pessoa constante foi o Fernando! Um chefe complexo, sempre presente. Um amigo para todas as horas. Companheiro de imensas viagens de trabalho, de horas a partir pedra, de incertezas, de falhanços e de sucessos, de galhofa pegada, de formalidade cúmplice, de gosto por vinhos e por boa música (uma valente enciclopédia musical que antes do Shazam, acertava em tudo que era música na rádio), de discussões, entre muitas outras coisas que partilhamos durante estes 9429 dias! A ele devo muito do que sou e do que construí profissionalmente e pessoalmente. Não o precisava de dizer aqui, porque ele sabe que tenho por ele uma enorme estima e admiração e sei que construímos neste tempo uma amizade que perdurará para sempre.

Equipa da Sistemas do Futuro em 2025
Equipa da Sistemas do Futuro em 2025

Irei mudar-me, de armas e bagagens para a FLUP, onde iniciarei funções, depois das férias, como investigador auxiliar do CITCEM e FLUP. Mudo-me com o sentimento de dever cumprido, mas também com o coração apertado por deixar a minha segunda casa durante estes 26 anos.

Estarei para sempre grato a todos os amigos e colegas que na Sistemas do Futuro e em todos os museus e instituições com quem tive a oportunidade de trabalhar me ajudaram a crescer pessoal e profissionalmente. Não quero esquecer-me de ninguém e por isso não os cito um a um, mas a todos gostaria de expressar o meu enorme agradecimento.

Mudo a vida, mas mantenho-a! Disponível, a trabalhar para e com museus e instituições de memória, a investigar sobre documentação em museus e na expectativa de continuar a cruzar-me com todos em projectos desafiadores e impactantes!

Até sempre!

Natália Jorge 1974 – 2024

Natália Jorge 1974 – 2024

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Não tenho palavras para descrever o quão importante era para mim a Natália. Nunca lho disse com todas as palavras, mas admirava-a muito. Era uma profissional dedicada, competente, empática, responsável e arguta (entre muitas outras qualidades) e foi, acima de tudo, uma grande amiga. Uma Amiga de mão cheia!

Conhecemo-nos em 2001 quando a Natália entrou para um estágio na Sistemas do Futuro no âmbito da pós-graduação em Museologia da Universidade do Porto. Na altura, estavamos a consolidar a empresa e a fazer crescer a área de formação que sempre foi muito importante para conseguirmos dar respostas capazes aos colegas nos museus. A Natália estava a fazer a pós-graduação em Museologia, de onde também vim, e ao mesmo tempo trabalhava num call-center (se a memória não me atraiçoa) e a oportunidade era imperdível. O Fernando contratou-a e eu deixei de ter de levar com os 0 e 1’s dos informáticos e matemáticos da casa ou com as cores e pixeis dos designers e passei a ter com quem discutir a forma correta de documentar um retábulo de altar ou uma máquina fotográfica.

A equipa era mais pequena na altura. Festejávamos cada vitória (leia-se venda ou novo projeto) com um entusiasmo desmedido, fazíamos noitadas para momentos importantes, passávamos horas e horas a discutir novas funcionalidades, a criar manuais, a pensar sobre desafios que nos colocavam, a olhar admirados para sites feitos em flash, a tratar de burocracias, de novos layouts do escritório, a contar as aventuras vividas nas longas viagens para os clientes com o António, etc., mas também juntávamos a isso as nossas vidas pessoais. As nossas alegrias, angústias, amores, desamores, maleitas, conquistas, peripécias, noitadas, etc. eram muitas vezes partilhadas entre as 4 ou 5 pessoas que faziam então a empresa. Passávamos juntos grande parte do dia, por vezes juntávamos as noites e isso trouxe uma proximidade e cumplicidade únicas. Dessa altura, a Natália, a Sónia, o Fernando e eu mantivemo-nos Sistemas durante bons e longos anos e fomos consolidando ainda mais a nossa amizade.

A minha “partner” nas acções de formação, como muitas vezes se auto-intitulava era fundamental para todos nós e era para os nossos clientes, amigos e parceiros, a voz da Sistemas do Futuro, como muito bem disse alguém nestes dias. Foi sempre o nosso norte e tinha uma capacidade de organização e trabalho incríveis. Sempre que precisei ou que alguém precisasse estava lá. Foi assim quando me meti em trabalhos no mestrado e doutoramento, mas era assim com qualquer um de nós que precisasse de apoio profissional ou pessoal. Há uns anos, a sacana trocou-me e passou a “partner” do chefe Fernando, numa clara e merecida medida de reconhecimento pela sua capacidade de trabalho e dedicação, mas sempre esteve lá a apoiar-me nos momentos mais difíceis e a celebrar comigo/connosco os melhores.

Além desta amiga e colega extraordinária a Natália deu ainda um grande contributo académico na área da documentação em museus com o seu trabalho na área das terminologias e vocabulários controlados. Se não conhecem, podem ler a sua dissertação de mestrado que está disponível no repositório da UP e tem como título “Ensaio sobre o AAT-Art & Architecture Thesaurus : proposta terminológica de adaptação à realidade portuguesa”, mas também podem procurar pelos diversos artigos que publicou e pela colaboração que teve nesta área no GT-SIM ou junto do Secretariado dos Bens Culturais da Igreja com quem colaborou por diversas vezes.

Em 2018 recebeu o primeiro diagnóstico da doença. No entanto, a Natália foi à luta como sempre e fez de tudo para vencer. A luta teve altos e baixos, a resistência da Natália fez-me ter sempre a esperança que a iria ultrapassar. Sentia sempre que o ia conseguir por fazer, se calhar de forma egoísta, quis sempre que o conseguisse fazer, porque já sabia o quanto me iria fazer falta, o quanto iria fazer falta a muitos amigos e família que tiveram a felicidade de a ter nas suas vidas. Durante a sua luta mantivemos sempre a esperança e demos o melhor que podíamos e sabíamos para a apoiar.

No passado domingo chegou a terrível notícia: “A Natália partiu hoje!” dizia a mensagem. No momento, um manto de tristeza embrulhou-me a alma e o coração e continua, persistente, aqui porque a partida de uma boa amiga, de uma boa pessoa como a Natália deixa-nos um vazio imenso. Na minha memória ficará sempre a alegria do seu abraço forte no nascimento do João e da Inês.

Obrigado Jorge do meu coração! Obrigado por tudo minha lindeza! Terás sempre um lugar muito especial na minha vida e guardarei sempre o teu enorme sorriso.

Um Feliz Ano Novo

Um Feliz Ano Novo

Espero que todos tenham um excelente 2022 e que este ano vos traga o dobro daquilo que procuram. Um Feliz Ano Novo é o que desejo para os museus portugueses!

Cartaz feliz ano novo
Votos de Boas Festas

Votos de Boas Festas

Quero agradecer a todos os leitores do Mouseion por cá terem passado mais um ano e desejar a todos, extensíveis aos que vos são mais próximos, os meus votos de Boas Festas e um Ano Novo cheio de saúde, felicidade e sucesso!

Boas Festas
O que temos? O que faremos com o que temos?

O que temos? O que faremos com o que temos?

O ICOM Portugal lança, com uma perspectiva interessante, um importante desafio aos museus portugueses com o “Inquérito à presença de património proveniente de territórios não-europeus nos museus portugueses” e com os passos seguintes a que se propõe. Saber o que temos e depois saber o que fazer com o que temos é, penso eu, o mote que dirige esta iniciativa que eu recebo, enquanto profissional de museus e membro do ICOM e do CIDOC, com muito agrado e expectativa. O que temos? O que faremos com o que temos? são as perguntas que deveríamos fazer com o património que, de alguma forma, tem origem num contexto cultural distinto do nosso, do europeu. Além de as fazermos nós, devemos também perguntar a outros, que perguntas querem também fazer e responder.

Espero sinceramente que a adesão seja massiva e que este inquérito possa servir para uma reflexão sobre a documentação das nossas coleções e a representatividade do contexto cultural que ela reflecte. Têm até 15 de Outubro para responder, por isso não há qualquer desculpa para não participar.

Fica aqui a proposta do ICOM Portugal:

Numa perspetiva de conhecimento do património que temos à nossa guarda e enquanto país com uma história multissecular de contactos globais e aberto ao diálogo intercultural, o ICOM Portugal propõe um breve inquérito que visa perceber a presença de coleções e objetos extraeuropeus no contexto dos museus portugueses. 

De modo a que possamos compreender a sua quantificação, distribuição pelo país, bem como o seu estado de conservação, estudo e inventariação, mas também o modo como este foram adquiridos/incorporados.

Num momento seguinte, propomo-nos contribuir para a melhor documentação destas coleções. Acreditamos que contribuiremos assim para o diálogo com os membros das diásporas originárias dos territórios representados nos museus portugueses, potenciando a sua inclusão nas estratégias de gestão e divulgação, abrindo simultaneamente caminho para parcerias internacionais.

Este inquérito, destinado às entidades museológicas públicas e privadas, pode ser preenchido e submetido até dia 15 de outubro. Os resultados serão divulgados nos Encontros de Outono 2021 do ICOM Portugal, a realizar no último trimestre e que serão dedicados ao tema.

Inquérito disponível neste link: Inquérito à presença de património proveniente de territórios não-europeus nos museus portugueses

Mais informações: info@icom-portugal.org