Há uns dias atrás recebi, através da mailing list Museum da UC, um texto do Dr. António Nabais que passo a transcrever:

Existe um sinal positivo na museologia: realizam-se encontros, debates, seminários, cursos de formação…; publicam-se revistas… Por outro lado, sente-se que não existe uma união e coesão forte entre os profissionais de museologia. A união faz a força. Existem em Portugal três associações dos profissionais de museologia: APOM, ICOM e MINOM. Parece que passam ao lado de muitas destas iniciativas. E os políticos (as tutelas)? Onde estão? A museologia portuguesa só mudará se houver mais cooperação entre todos os profissionais de museologia. Existe muito amadorismo e criam-se museus afastados dos interesses das comunidades. É necessário mudar as atitudes perante a realidade museológica portuguesa e realizar um congresso onde todos os profissionais tenham assento e voz e mostrem às tutelas que basta de tanta mediocridade e de nomeações em lugares de grande responsabilidade só por interesses políticos ou compadrios. Basta! Vamos à prática, a novas práticas.

Um grande abraço

António Nabais

Confesso que partilho um pouco da mesma opinião. Não reconheço um sentido de classe, semelhante ao existente nas bibliotecas e arquivos, na museologia portuguesa, mas por mal que pergunte, não foi o Dr. António Nabais presidente da Associação Portuguesa de Museologia? Não deveria ser nesse fórum que se discutiriam as questões que agora coloca (e bem) na mailing list Museum? Porque passa então ao lado dessas iniciativas a APOM? Porque não organizou a APOM este importante congresso de que fala o Dr. António Nabais? São algumas das interrogações que me trespassaram a cabeça… assim de repente!