Leio no blog do amigo Pedro a história interessante de dois objectos que merecem a atenção por parte das autoridades portuguesas. Claro que não são Picassos, não é também uma nova Gioconda, mas é importante parte da nossa história como Nação.
A história é simples. E aproveitando as palavras do Pedro aqui fica:
Na noite de 11 de Abril de 1922, os aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral, a bordo de um hidrovião Fairey baptizado “Pátria” e na segunda etapa daquela que haveria de ser a primeira travessia aérea do Atlântico, amararam de emergência no oceano,tendo sido socorridos, depois de uma valente deriva pelo navio cargueiro Paris City, navio em rota na região. O Paris City era comandado por A.E.Tamlyn. Reconhecidos pelo salvamento, os aviadores ofereceram posteriormente ao Comandante Tamlyn uma cigarreira e uma fosforeira em ouro, objectos que têm gravada a rota da histórica viagem e nas quais está incrustado um pequeno diamante assinalando o ponto onde foi efectuado salvamento e consequente resgate dos aviadores portugueses. No interior da cigarreira, uma mensagem gravada agradece ao Comandante Tamlyn a sua assistência. Os descendentes de Tamlyn decidiram agora vender a oferta, que deveria com toda a lógica passar à propriedade do Estado Português, nomeadamente ao Museu da Marinha. Não tenho qualquer dúvida sobre o valor museológico das duas peças. O valor que a família Tamlyn pede pelas peças é de cerca de oito mil libras.
Como disse não se trata de uma nova Gioconda, mas são objectos que representam um importante marco na nossa história, na história da aviação mundial e denotam o carácter da nossa gente, que agradecendo de forma calorosa quem nos ajuda, mostra a sua grandeza. A solidariedade de que tanto se fala nos tempos que correm.
Pelo que leio o valor pedido pelos herdeiros é de 8 mil libras. Nada de relevante, mesmo sabendo eu que as finanças nacionais não são as melhores. Mas também se poderia organizar algo pelas redes sociais, não meu caro Pedro?
Imagens daqui.