Tenho um fascínio por barcos. É uma coisa que julgo vir da ligação da minha terra ao mar e da admiração que sempre guardei aos exploradores do mar desde o nosso Bartolomeu Dias, até ao Jacques Cousteau e aos admiráveis documentários que via nos domingos de manhã. É um sonho que guardo, há muito tempo, a possibilidade de vir a ter uma pequenita embarcação que me permita navegar e apreciar o mar para além do que consigo a partir da areia.
Desde que a Tall Ships Race passou pelo Porto, penso que em 1994, o fascínio que sentia pelos barcos em geral ficou mais direccionado para os que normalmente entram nessa regata internacional e sobre os quais poderão ler mais aqui. Uma dessas embarcações, que até deu nome a esta famosa regata, o Cutty Sark (sim… sim o do whisky) tem uma história lindíssima e cheia de recordes e histórias de mar. Depois de um aparatoso incêndio foi submetido a um intenso e custoso restauro e ontem Isabel II inaugurou o agora navio-museu que passou a fazer parte da rede dos Museus Reais de Greenwich. A intervenção permite que hoje o visitante possa admirar o barco na sua totalidade, uma vez que foi elevado para possibilitar a visualização do casco e assim permitir a percepção de toda a beleza do seu design e das técnicas construtivas que lhe permitiram alcançar feitos extraordinários e uma fama internacional sem igual entre os seus “irmãos”.
Se quiserem saber mais sobre este fabuloso navio e sobre a sua história (que como é óbvio tem uma participação portuguesa) acedam ao site do (agora) museu-navio.
Em todo o caso, para os que se interessem pelo tema, aproveito também (se não quiserem ir a Inglaterra) para os informar que este ano a Tall Ship Race regressa a Lisboa nos dias 19 a 22 de Julho. Uma oportunidade imperdível para os admirar.
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