Nestas últimas semanas têm sido muitas as más notícias. Às mais correntes sobre a crise, sobre os mercados, sobre o desemprego, sobre acidentes, sobre o desleixo a que o património continua a ser sujeito, etc., acrescem uma ou duas, felizmente já ultrapassadas, mais pessoais. Nada que um bom optimista não ultrapasse.
Por isso hoje, a retomar a leitura das notícias, percebo que a Biblioteca Apostólica do Vaticano e a Biblioteca Bodleian da Universidade de Oxford, através de um considerável financiamento da Fundação Polonsky, vão digitalizar e disponibilizar 1,5 milhões de páginas de documentos antigos que vão desde manuscritos gregos, livros impressos no século XV e manuscritos hebreus, até aos primeiros livros impressos.
Um projecto impressionante e que irá permitir a consulta de documentos relacionados que estavam separados nas duas colecções à séculos, permitindo aos investigadores de todo o mundo a sua consulta. É sem dúvida um enorme passo para a democratização do conhecimento. As Bibliotecas, Arquivos e Museus têm um papel fundamental nesta matéria. O conhecimento que retêm deve ser, tanto quanto possível, público e divulgado através de todos os meios possíveis.