Antes de vos deixar algumas impressões sobre o seminário onde participei ontem, no Museu de Aveiro, sobre o papel das tecnologias nos museus, permitam-me um agradecimento a toda a organização pela forma como fui recebido e pela oportunidade de voltar a “trabalhar” no “meu” museu e rever os grandes amigos e colegas que tenho lá. Foi muito bom.

A conferência resulta de uma parceria que o museu tem com a Universidade de Aveiro e que tem conduzido à criação de projectos de investigação científica que têm como objecto de estudo (ou de aplicação da investigação) o Museu de Aveiro. Uma parceria com tudo para ter sucesso a avaliar pelas apresentações de vários investigadores e professores da UA e pelo interesse demonstrado pelo público (uma sala cheia como merecem as instituições que organizaram o evento) e pela discussão que se gerava em torno das diferentes comunicações.

Eu gostei de conhecer melhor o trabalho da UA nesta área de investigação e fiquei particularmente agradado com o trabalho apresentado pelo Mário Vairinhos sobre interfaces tangíveis em contextos de museus, pela visão do Rui Raposo sobre o ciclo da experiência da visita a um museu, pelos projectos da Carolina Correia, do Rúben Carvalho e da Joana Carvalho e pela reflexão da keytalk de Francisco Providência sobre a imersão dos visitantes na exibição dos museus e a evolução que se verificou nesta matéria ao longo dos tempos.

Pelo que me foi dado a saber é um evento que os responsáveis pretendem repetir (neste ou noutro formato) e, portanto, tenho que os saudar por isso. O papel da tecnologia nos museus é um tema que exige muito conhecimento, reflexão e discussão. Só assim os museus se podem preparar para o futuro.

PS: em breve ficará disponível aqui a minha apresentação.