Todas as vezes que ouço ou leio notícias sobre o Estado Islâmico fico completamente chocado com os meios que estes radicais (eu teria um nome, também acabado em “ais” para estes senhores) utilizam, para em nome de Deus, cometerem crimes horrendos. Em boa verdade, para quem ouve, agora quase diariamente, que o EI decapitou uma, 30, 20, pessoas, que as queima vivas, etc., não deveria ficar chocado com a notícia da destruição de património da civilização Assíria que se encontrava no Museu de Mosul, no norte do Iraque, e noutros locais dessa região, conforme é noticiado aqui.
O vídeo que tem passado nas redes sociais, juntamente com as notícias da invasão e destruição da Biblioteca Central de Bagdad, são, para quem sabe a importância do património cultural para a compressão da sociedade actual (entre outras razões), uma prova da falta de respeito que estes radicais têm por tudo que não seja a sua visão do mundo (deturpada por aquilo que eles entendem ser o Islão e os ensinamentos do Profeta).
Por isso sabia-se, sabíamos todos, que seria uma questão de tempo até que estes crimes fossem perpetuados. É também uma falha nossa esta destruição.
© Imagem: AP