A propósito de uma notícia do JN lembrei-me de quando vinha ao Porto, essa enorme cidade na altura, em miúdo com os meus pais. As visitas à grande metrópole serviam para comprar roupa no Marques Soares ou noutras duas lojas na rua dos Clérigos e de Stº. António (desculpem mas a minha mãe chamava-lhe assim e habituei-me) que agora já não existem, para visitas a alguns médicos especialistas que não havia em Espinho e para fazer uns passeios por Santa Catarina que passavam necessariamente por uma paragem numa pastelaria ali perto do bolhão.
Uma das coisas que mais gostava dessas visitas era quando passava (andar era mais raro) pelos eléctricos. Sempre me admirei com a nossa capacidade de construir máquinas como aquelas. Comboios que andavam juntos dos carros sempre “amarrados” às linhas eléctricas que lhes forneciam energia. Recordo sempre que os meus pais ficavam furiosos com os penduras que aproveitavam a boleia agarrados do lado de fora. Eu sempre os achei destemidos e corajosos, confesso!
Estava nos meus tempos de liceu quando as linhas de eléctrico definharam quase até serem enterradas definitivamente. Na altura, via-se o eléctrico como uma coisa do passado e não se percebia a importância que poderia ter na rede de transportes da cidade. Felizmente com a fundação do Museu do Carro Eléctrico foi possível defender um património importante da cidade e utilizá-lo centrando a atenção na manutenção de algumas linhas emblemáticas que se destinam, julgo eu, a uma exploração mais turística. Sendo que também servem populações numa importante área da cidade, a sua marginal e algumas zonas do centro.
Hoje fico feliz com a notícia do regresso do histórico 220 às ruas da nossa cidade e em breve vou tratar de o revisitar.
É altura de festa nos Museus. Há programas e mais programas e destaques e iniciativas em cada um dos museus da área metropolitana do Porto e cada um mais interessante do que o outro. No entanto, quero aqui destacar as iniciativas do Museu da FBAUP por duas razões muito simples: a primeira é o programa em si. Muito interessante (o concerto de Jazz, a actuação do Coral de Letras e as conversas com os Professores da casa) e aberto a todos de forma gratuita. A segunda (na minha opinião a mais importante) é obra, trabalho e dedicação de uma excelente amiga, a Cláudia Garradas, que tem desenvolvido um trabalho excelente ao longo dos anos naquela instituição e é das pessoas mais dedicadas que eu conheço no mundo da museologia nacional. Só por isso merece todo o sucesso do mundo esta iniciativa.
Eu tentarei ir e aproveitar para ver se o meu catraio se dá bem com os ares.
Nestes dias que antecedem os festejos de mais um Dia Internacional de Museus costumo receber uma enorme variedade de convites, mails, newsletters, etc. a divulgar os programas dos museus para as celebrações. Devo acrescentar que de ano para ano os programas e as formas encontradas para os promover têm melhorado substancialmente. Há claramente uma tentativa (conseguida na minha opinião) da parte da maior parte dos museus para utilizar da melhor forma os novos meios de comunicação que temos disponíveis.
No entanto, embora fosse totalmente do meu agrado é impossível colocar aqui todas as informações que vou recebendo (ainda assim temos colocado alguma dessa informação no MuseusPortugal.org), mas não posso deixar de aproveitar a oportunidade para referir um excelente exemplo de divulgação que os museus da cidade do Porto (penso que a convite da CMP) conseguiram com o site sobre o Dia Internacional dos Museus no Porto (DIM 2011).
Um sítio comum para consultar toda a informação sobre as actividades, exposições, iniciativas que vão decorrer nos museus que aderiram ao projecto e, também, informação sobre os museus aderentes, sua localização, contactos e algumas das peças que podemos encontrar na visita.