Já é notícia antiga, bem sei. No entanto, nunca é demais salientar o bom trabalho que a equipa do museu fez nos últimos anos (e eu sei que foi um percurso longo e trabalhoso até chegar aqui) e principalmente o trabalho de uma boa amiga que agora tem a grande responsabilidade de coordenar o Museu. Para ti Maria José um especial cumprimento.
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Não é discussão nova. Recordo que já em 1996 ou 97 quando trabalhava no Museu de Aveiro (um museu regional) se discutia, ainda que de forma pouco profunda, a possibilidade de os museus Regionais, pela sua ligação a determinadas regiões e à sua história, deixarem de estar sob a tutela do Instituto de Museus e Conservação e passarem para a tutela de uma entidade mais ligada à localidade/região onde estão inseridos. Esquecida durante uns tempos, embora eu a considere uma discussão essencial e até uma oportunidade de reflectir sobre o estado actual dos museus, o tema voltou à luz do dia com a inclusão no Eixo 1 do Plano estratégico para os Museus do Século XXI do seguinte ponto: “Transição faseada para tutelas municipais, ou afectação a Direcções Regionais de Cultura, de alguns dos 28 museus do MC/IMC, seleccionados com base em critérios patrimoniais e museológicos, e assente em contratos-programa.”
Antes de qualquer conversa devo dizer que sou favorável, por princípio, à descentralização deste tipo de serviços. No entanto, o planeamento de uma situação deste género deve ser bem pensada e reflectida através de um amplo debate com todos os intervenientes (tutela, museus e futura(s) tutela(s)), e também com a participação, ainda que numa fase prévia, dos diferentes agentes que têm como obrigação pensar e reflectir sobre as questões essenciais da museologia portuguesa.
Digo isto porque já se começam a ler algumas notícias referentes a esta matéria, como esta que reporta o discurso e intenção do Dr. Sérgio Gorjão (a quem aproveito para desejar o maior sucesso na direcção do Museu de Grão Vasco) de obter a classificação de Museu Nacional para o Museu que agora dirige. O assunto merece toda a atenção e é certo que irá criar um precedente na forma como outros museus encaram esta situação, no entanto, esta pretensão é, na minha opinião, justificada por alguns dos motivos que o próprio apontou e são reportados na notícia do Público.
Porém importa não utilizar alguns argumentos que poderão indicar, ainda que de forma não intencional, uma classificação que assegure qualquer tipo de superioridade em relação aos restantes museus na mesma posição. Não se pode, no meu entender, ver esta situação como uma distinção entre os museus nacionais (como tudo o que acarreta uma designação destas) e os restantes que passarão para uma categoria “inferior”! Repito que considero que a passagem de tutela pode ser uma excelente oportunidade para os museus.
Não me parece que esta situação seja apenas uma questão de “despacho” simples e rápido, como refere Elísio Summavielle, é bem mais do que isso, porque não se pode chamar a um Museu Nacional de forma leviana e não lhe permitir, posteriormente, ser um museu nacional.
Sobre o post anterior gostava ainda de acrescentar o link para a petição adoptada pela Comissão Portuguesa do ICOM e que já tive a oportunidade de subscrever. Leiam, divulguem e assinem caso concordem, como é óbvio.
Assim que li/ouvi (não me recordo muito bem qual dos dois sentidos usei) a ideia sobre a criação de um projecto comum de valorização dos museus e instituições culturais da zona Belém – Ajuda, pensei que seria uma excelente iniciativa. Nos tempos que correm os museus não podem competir entre sicomo rivais, não podem propor ao mesmo público ofertas semelhantes ou ofertas interessantes com o mesmo horário, etc. e a planificação coordenada de esforços e colaboração entre as entidades que se encontram naquela área geográfica só traz benefícios para os museus e para os seus públicos.
Assim sendo é de louvar esta iniciativa e esperar que haja vontade política e também dinheiro para que o projecto possa ter pernas para andar e consolidar-se.
E o que é engraçado é que todos eles são iguais, mas serão colocados em distintos locais do país. Pelo que percebo um em Cascais, outro no Alfeite e o terceiro em Viana do Castelo. Falo-vos dos submarinos de Classe Albacora que estavam ao serviço da Marinha Portuguesa e que serão substituídos pelos novos (e polémicos) submarinos.
Este artigo do Público chamou-me a atenção para o assunto e eu confesso-me um apaixonado por museus militares e pela História Militar em todos os ramos das Forças Armadas, mas com um fraquinho especial pela Marinha.
Um “Bravo Zulu” a todos aqueles que serviram ao longo da rica história desta embarcação portuguesa.
Não posso deixar de dar, uma vez mais, os meus parabéns à excelente equipa do museu Alberto Sampaio na pessoa da Dr.ª Isabel por esta simples, mas muito importante iniciativa:
Museu de Alberto Sampaio: Polícia municipal invade museu!
É verdade, a Polícia Municipal «invadiu» o Museu de Alberto Sampaio, mas foi por uma nobre causa – ficar a conhecer os tesouros que o museu guarda e poder transmitir esse conhecimento aos turistas que pretenderem informações sobre o Museu.
Todos sabemos que a PSP, a GNR e a Polícia Municipal são forças de segurança a quem os turistas se dirigem em busca de informações sobre a cidade de Guimarães e os seus museus. Polícia informado sobre o museu será seguramente um bom informador para os turistas!
O Museu já tinha aberto as suas portas à GNR e à PSP faltava apenas abri-las à Polícia Municipal.
Um grupo interessado de polícias municipais visitou o Museu de Alberto Sampaio. Foi uma visita divertida e os senhores agentes da autoridade ficaram a conhecer o museu que José Saramago diz ser «um dos mais belos museus que conhece»!
Foi com gosto que assistimos à «invasão» da polícia municipal ao Museu de Alberto Sampaio e, fazemos votos que voltem sempre! Serão bem-vindos.
Recebida por e-mail.
As ideias simples são, normalmente, as melhores!