by Alexandre Matos | Dez 8, 2012 | Museus
Uma excelente iniciativa de divulgação de museus, apresentada pela Cláudia Camacho, no Speakers’ Corner (no post anterior a este) é o programa da Speaky TV, intitulado “o meu museu é melhor que o teu” que começou pelo Museu da Carris e agora continua com o Museu da Farmácia onde, como não poderia deixar de ser, contamos com o meu querido amigo e excelente anfitrião, o João Neto. Aqui fica o vídeo deste segundo episódio do programa.
Os meus parabéns à Cláudia Camacho e ao Fernando Alvim (sim esse senhor que nos entra pelos ouvidos ao final da tarde com a bela da Prova Oral) autores do projecto e também à Speaky TV pela forma inovadora como tem agido no audiovisual nacional.
by Alexandre Matos | Nov 22, 2012 | Debate, Museus
A ouvir esta reportagem da TSF ficamos a saber que esta colecção interessantíssima e com um potencial (sem conhecer a colecção arrisco dizer) enorme, fruto como muitas outras da vontade, tempo e paixão de uma pessoa, se vai transformar num verdadeiro museu (a expensas do próprio, conforme ficamos a saber na reportagem).
Não querendo aqui discutir o mérito ou não deste caso particular (não teria condições para o fazer, porque desconheço quase tudo o que me permitiria formular uma opinião), sempre que me deparo com iniciativas de criação de novos museus, com tudo o que isso acarreta, penso sempre se não seria melhor criar as condições necessárias para que um outro museu (neste caso o Museu da Música, por exemplo) pudesse integrar esta colecção e a inestimável experiência e conhecimento que este (possível) doador certamente tem sobre os objectos que recolheu com paixão.
Repetindo uma vez mais que não pretendo discutir este caso particular, não posso deixar de questionar, quando confrontado com a criação de novos museus, se precisamos de novos museus? Ou melhor de que novos museus precisamos e o que fazer para melhorar os que já existem?
Alguém quer responder?
© Imagem: TSF/Margarida Serra
by Alexandre Matos | Nov 9, 2012 | Museus, Sites
At the Rijksmuseum, art and history take on new meaning for a broad-based, contemporary national and international audience.
As a national institute, the Rijksmuseum offers a representative overview of Dutch art and history from the Middle Ages onwards, and of major aspects of European and Asian art.
The Rijksmuseum keeps, manages, conserves, restores, researches, prepares, collects, publishes, and presents artistic and historical objects, both on its own premises and elsewhere.
Tendo como missão uma tarefa tão nobre como difícil, o Rijksmuseum consegue com este website dar um enorme passo para a cumprir com uma qualidade invejável. A partir de hoje este entra para a categoria dos melhores sites de museus que eu conheço e recomendo.

by Alexandre Matos | Mai 11, 2012 | Museus
Pareço o apressado coelho de Alice no País das Maravilhas sempre com o tempo contado, com receio do corte da cabeça, e sem tempo para ver com calma alguns projectos de que vou tendo conhecimento por e-mail ou em pesquisas que efectuo por este ou aquele motivo.
Hoje chegou-me à caixa de entrada um e-mail com um projecto da Associação de Museológos de Espanha, em parceria com o Ministério da Cultura (um bom exemplo), que pretende dar a conhecer diferentes visões de Espanha, recorrendo a património que os museus guardam e locais onde se inserem, através de um conjunto de vídeos sobre modo de vida, personagens ilustres, arte, artesanato e espaços culturais.
http://www.visionesdeespana.es/
Confesso que me agradou a ideia.
by Alexandre Matos | Abr 27, 2012 | Museus
Tenho um fascínio por barcos. É uma coisa que julgo vir da ligação da minha terra ao mar e da admiração que sempre guardei aos exploradores do mar desde o nosso Bartolomeu Dias, até ao Jacques Cousteau e aos admiráveis documentários que via nos domingos de manhã. É um sonho que guardo, há muito tempo, a possibilidade de vir a ter uma pequenita embarcação que me permita navegar e apreciar o mar para além do que consigo a partir da areia.
Desde que a Tall Ships Race passou pelo Porto, penso que em 1994, o fascínio que sentia pelos barcos em geral ficou mais direccionado para os que normalmente entram nessa regata internacional e sobre os quais poderão ler mais aqui. Uma dessas embarcações, que até deu nome a esta famosa regata, o Cutty Sark (sim… sim o do whisky) tem uma história lindíssima e cheia de recordes e histórias de mar. Depois de um aparatoso incêndio foi submetido a um intenso e custoso restauro e ontem Isabel II inaugurou o agora navio-museu que passou a fazer parte da rede dos Museus Reais de Greenwich. A intervenção permite que hoje o visitante possa admirar o barco na sua totalidade, uma vez que foi elevado para possibilitar a visualização do casco e assim permitir a percepção de toda a beleza do seu design e das técnicas construtivas que lhe permitiram alcançar feitos extraordinários e uma fama internacional sem igual entre os seus “irmãos”.
Se quiserem saber mais sobre este fabuloso navio e sobre a sua história (que como é óbvio tem uma participação portuguesa) acedam ao site do (agora) museu-navio.
Em todo o caso, para os que se interessem pelo tema, aproveito também (se não quiserem ir a Inglaterra) para os informar que este ano a Tall Ship Race regressa a Lisboa nos dias 19 a 22 de Julho. Uma oportunidade imperdível para os admirar.
© Imagem daqui.
by Alexandre Matos | Mar 14, 2012 | Debate, Museus
Felizmente vou conhecendo alguns casos em que pessoas e instituições demonstram durante a presente crise uma grandeza tal que até parece ser mentira. Vou conhecendo alguns, mas queria falar-vos de dois apenas: o desta senhora e o deste fabuloso museu.
A Sr.ª Manuela Almeida, que faz parte do projecto “Um ano na crise” do Público, serve apenas para demonstrar quão grande se consegue ser apesar das dificuldades. Grande porque não vira a cara à luta, enfrenta-a com um sorriso e com um blog onde vende os seus mimos.
O deste museu, um dos meus favoritos em Lisboa, que é casa de uma importante colecção dessa grande artista que foi a Vieira da Silva, porque apesar das adversidades, das dificuldades financeiras, dos problemas conhecidos com os herdeiros da colecção Manuel de Brito, etc. consegue apresentar um projecto tão interessante e importante para o conhecimento da vida e obra de pintora e do seu marido, também artista, Arpad Szenes. Neste caso a criação de um blog de pouco servirá como alento ou ocupação, mas o constante alerta para estas situações torna-se absolutamente necessário, num país que não tem sabido, na minha opinião, distribuir os poucos recursos que tem de uma forma mais igualitária.
Espero sinceramente que a Fundação consiga levar por diante este importante projecto e que o museu continue aberto e nos permita, depois de maravilhados com as obras da artista, mais uns fins de tarde na esplanada do Jardim das Amoreiras.
Imagem: © FASVS