Um museu em casa

Ou o coleccionismo levado ao extremo é coisa que não se vê todos os dias, mas leiam nesta notícia do New York Times e vejam a apresentação multimédia para terem uma melhor percepção do ponto a que estas coisas podem chegar.

Fim de férias

Devo confessar que este ano estava mesmo precisado de férias. Desde o fim da tese que não tinha tido ainda um período mais longo de descanso (claro que nem estou a contar com a licença de paternidade, porque aí o descanso é ultrapassado pela ansiedade e preocupação própria dos pais de primeiro rebento). Estava tão necessitado que acabei por me esquecer de colocar aqui (tirando uma pequena referência no post anterior) o famigerado post “vou para férias… e estou em modo off”.

Mas nada que não se consiga resolver com este post. Afinal o anúncio do retorno de férias, ainda que tenham sido curtas, pode saber tão bem quanto melhor as tenhamos aproveitado. E eu tendo a aproveitar as minhas. Descanso e mais descanso, porque até final do ano vou ter muito com que me cansar de novo.

Até ver estão já planeadas uma ida à Grécia (Atenas) para assistir à Conferência Anual* do CIDOC (International Committee for Museum Documentation do ICOM) já no próximo sábado (dia 13), uma ida a Cascais para assistir ao encontro “Arqueologia e Autarquias” organizado pela APA em parceria com a Câmara Municipal de Cascais (25 a 27 de Setembro), uma outra viagem a Burgos para assistir à apresentação de um projecto do Centro de Arte da Caja de Burgos, o EITEC que a Sistemas do Futuro, o ISQ e a Conservar Inovar organizam, desta vez em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade do Porto e a Câmara Municipal do Porto e, last but not least, a feira ARPA em Valladolid que decorre entre os dias 30 de Outubro e 2 de Novembro.

Fiquei cansado só de escrever o parágrafo anterior. Acho que tenho de ir de férias de novo 🙂

* Por acaso não há por aí ninguém que vá também ao CIDOC?

Bandeira viajada

O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra recebeu, das mãos da NASA, uma bandeira portuguesa que viajou no vaivém espacial Atlantis a 333 Km de altura, no preciso dia em que completa um ano de existência.

A notícia, por si só, merece destaque. No entanto, o facto de a iniciativa ter partido de uma ideia de uma cientista da referida agência espacial, parece-me ser o justo reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido neste projecto.

Faltavam, em Portugal, museus de ciência com o dinamismo e entusiasmo que têm sido colocados neste e no da Universidade de Lisboa. Bem hajam.

Em todo o caso não quero deixar passar esta data, sem endereçar os meus cumprimentos a toda equipa do Museu e em especial ao seu responsável o Prof. Doutor Paulo Gama Mota.

A bem dizer, César nem sempre se porta bem

Pelo que se lê nesta outra notícia sobre a compra do Tiepolo, parece que o Estado não se comportou muito bem. Pois se já tinha recusado comprar directamente aos donos, porque raio é que agora compra com encargos maiores? Enfim, estes desenvolvimentos fazem com que retire os elogios ao Ministério da Cultura do post anterior.

Planeamento, senhores, planeamento e estratégia para o sector… normalmente é o que evita este andar à deriva.

A César o que é de César

Uma excelente notícia a aquisição do Tiepolo pelo Estado que, pelo que leio aqui, exerceu o direito de preferência da pintura no leilão que se realizou ontem.

Não é todos os dias que a Sr.ª Ministra da Cultura me faz sacar da cartola um elogio, mas este post serve também para lhe dizer que embora a condução do processo tivesse sido miserável, salvou-se o feliz final da história com o enriquecimento do património cultural português, através da aquisição desta magnífica obra de arte. Já agora… a pintura vai para o MNAA?

PS: Zé Tó… não valia a pena o queixume de ontem, vês?