Da dificuldade das conjunções

Da dificuldade das conjunções

“Felizmente, eu nunca fui convidado para ocupar cargos de direcção e isso significa que fui sempre livre de dizer o que penso.” Felizmente? Isto não é profundamente preocupante?

As preocupações e questões levantadas neste muito interessante post do Musing on Culture deviam fazer-nos (entenda-se os profissionais de museus) reflectir seriamente sobre o assunto. Sendo eu um fã assumido da cultura anglo-saxónica, no que diz respeito à organização do sector cultural e à forma como os indivíduos entendem a sua relação com as instituições. Do que conheço dessa realidade, o indivíduo (para o bem e para o mal) tende a não se fundir com as instituições e mantém, na maior parte dos casos, a sua voz. Isto é, como a Maria bem afirma, uma situação difícil de gerir. Entre as discordâncias que podem ser públicas e o que deve ser salvaguardado nos limites internos de uma organização não é, muitas vezes, fácil decidir.

A frase que destaco acima diz muito da forma como encaramos um cargo directivo ou como culturalmente funcionamos na relação entre instituição e indivíduo. Quando convidados/seleccionados/ganhamos um cargo de direcção a nossa voz (há boas e honrosas excepções) tende a confundir-se com a da instituição e cumprimos à risca aquilo a que alguém chamou a “lealdade institucional”!

Mas porque o fazemos? Medo de perder uma oportunidade de carreira num mercado curto? Acomodação? Porque temos uma cultura organizacional que promove essa situação? Não deveria ser diferente? Não se devia promover, logo no topo, uma cultura que premiasse a liderança? Não deveria um director de uma instituição poder ter um projecto para a mesma, aprovado pela tutela, saber desde logo os recursos que teria para o executar e ser avaliado (principalmente de forma qualitativa) no final do mesmo? Durante a execução desse projecto não deveria ter a autonomia necessária para o defender e executar? Não deveria ver a sua intransigência em questões técnicas ou de princípio sempre apoiadas?

São questões difíceis. Não se resolvem com sim ou não. Há a necessidade de diálogo, de estabelecer compromissos entre as diversas partes, de todos perceberem que defendem/dirigem um bem comum e trabalham para servir a sociedade, mas também há a liberdade de cada um. Liberdade de expressão em qualquer momento, em qualquer circunstância, restringida apenas pelo reconhecimento da liberdade do seu próximo.

Obrigado Maria pela reflexão!

© Imagem: The Guardian

E novidades? Tens?

E novidades? Tens?

Todos os dias chegam-me, pelas mais diversas vias, notícias sobre a actualidade (política, desportiva, cultural, etc.). É, desde que me lembro de comprar jornais, a primeira coisa que faço (mesmo que seja por breves instantes) quando chego ao trabalho ou quando estou a tomar café, a caminho de um local qualquer. É um ritual que me dá prazer e que é absolutamente necessário para a vida profissional e pessoal. Um hábito que adquiri através do meu pai.

Normalmente foco-me naquilo que são as boas notícias do dia. Sou um optimista, bem sei, mas focar a atenção no que é positivo é, em meu entender, mais produtivo do que lamuriar o negativo. Não o negligencio, aprendo com ele, mas faço-o tal e qual como aprendemos (será que aprendemos?) a olhar para os maus momentos da História, evitando repetir os erros que nos levaram a esses momentos. Dito isto, aqui ficam algumas notícias que hoje me chegaram ao ecrã:

Museus Militares do Porto e Elvas e Museu da Marioneta credenciados na Rede Portuguesa de Museus

Ora aí está uma boa notícia. Conheço os dois primeiros e, infelizmente, ainda não tive oportunidade de conhecer o Museu da Marioneta. Mas o reconhecimento do empenho que os museus e as suas tutelas dedicam no processo e exigências para pertencerem à RPM é sempre motivo para festejar. A RPM pode estar numa fase difícil, mas é, sem qualquer sombra de dúvida, um dos mais importantes projectos para os museus portugueses das últimas décadas. A sua continuação, ainda que em moldes que não sejam os mais indicados, é também uma notícia importante. A lamentar apenas, nesta notícia, a saída do Museu Agrícola de Entre o Douro e Minho da rede, mas o lamento já tem algum tempo (o museu fechou já há algum tempo).

Os despachos citados na notícia podem ser encontrados aqui.

Museu do Brinquedo em Sintra irá fechar em breve

Não é uma notícia de hoje, antes pelo contrário, mas o que é actual é este texto da Maria Vlachou e a interpelação do BE ao governo sobre o assunto. Sobre o texto da Maria (que subscrevo inteiramente) apenas vos quero dizer que fico exactamente com as mesmas dúvidas que ela tem: porque é triste? porque é que o museu vai fechar? o que é que o museu oferecia à sua comunidade? Analisar estas questões apenas com números (orçamento e número de visitantes) é um dos maiores problemas relativamente à sustentabilidade dos museus em Portugal. E pensar em novas formas (concretas) de financiamento público e privado dos museus, não seria melhor do que interrogar o governo sobre um museu específico, ó rapaziada do BE?

APOM elege novos corpos sociais para o triénio 2014-2017

Não tivesse sido eu membro dos corpos sociais anteriores e destacaria igualmente esta notícia. A APOM é uma das mais importantes organizações associativas na área da cultura e museus. A eleição de novos corpos gerentes é a prova da sua vitalidade e dinamismo. Eu queria aqui mandar um abraço especial ao João Neto e a todos os colegas da anterior direcção (os que transitam e os que seguiram outros caminhos), bem como a todos os colegas que foram agora eleitos. Um enorme abraço e os meus mais sinceros desejos do maior sucesso.

Exposições na Europeana

Não vos vou maçar de novo com a minha opinião sobre este importante projecto europeu, mas queria chamar a atenção para os meus colegas e para os museus portugueses para a importância de participar na construção de recursos como os que agora estão online no portal Europeana Exhibitions. Alerto para este recurso que é um importante complemento da disponibilização das coleções online. Não basta colocar a informação técnica sobre os objectos disponível na rede, é (mais importante ainda) tratar essa informação, apresentar esses dados de forma contextualizada, segundo os mesmos critérios que nos norteiam na construção das exposições.

A publicação de mais um número da MIDAS

As publicações científicas na nossa área são escassas. Quer as editadas aqui em Portugal, quer as que têm o português como principal língua. Por isso é importante a existência de uma revista com revisão científica credível como a MIDAS. Neste número irão encontrar bons artigos e um dossiê dedicado ao tema “Museos y participación biográfica”. Eu fiz um pequeno contributo com a recensão crítica do livro “Museus del Templo al Laboratorio: La Investigación Teórica” de Juan Carlos Rico, mas já vi que temos muitos temas interessantes para ler neste número.

A maior coleção de gravuras de Rembrandt está em Águeda

Eu não gosto do título desta notícia. Julgo que é algo muito português esta mania que o nosso jornalismo tem de tentar que tudo seja passível de entrar para o livro dos Records do Guiness! A maior coleção do mundo, o maior fóssil da europa, o maior pastel de chaves, a maior sardinhada, etc. são maus títulos que escondem aquilo que, em meu entender, seria a verdadeira notícia: uma coleção boa de gravuras de Rembrandt, boa! E como ela chegou ao museu da fundação? Que história têm aquelas peças? Onde é o Museu? Quem era Dionísio Pinheiro e porque dá o nome ao museu e à fundação? Entre outras…  Ainda assim um exemplo, se calhar desconhecido para a maioria da população, daquilo que os nossos museus têm para oferecer.

E que mais notícias têm vocês para me dar?

© imagem: www.mashable.com

Futebol e Arte – Jesus e Paula Rêgo

Futebol e Arte – Jesus e Paula Rêgo

[youtube=http://youtu.be/PbKKbHe5K-4&w=450?t=27s]

 

Muito haveria a dizer sobre estas declarações (sábias) de Jorge Jesus, mas fico-me pela engraçada comparação do conhecimento necessário para preparar uma equipa de futebol, com a capacidade de compreender e interpretar o que está por trás de uma obra de arte, mesmo que a mesma seja uma Maria a chorar das inspiradas mãos da Paula Rêgo.

Será que temos a capacidade e instrumentos para ser treinadores de bancada? Será que, da mesma forma, os museus nos dão os instrumentos necessários para compreender as suas coleções?

Jorge Jesus, de forma simples mas sábia, introduz um tema que deveria ser mais discutido nos museus, não vos parece?

PS: obrigado pela dica, Zé.

Miró e estratégia

Miró e estratégia

O título deste post poderia ser (escolha o leitor o que prefere): Miró e gestão de colecções, Miró e planeamento, Miró e política cultural, etc. Não irei, como compreenderão, abordar a importância da colecção Miró do antigo BPN, agora paga por todos nós, pertença do Estado, porque não detenho o conhecimento suficiente para avaliar a sua qualidade, mas gostaria de abordar a questão da sua venda ou incorporação nas colecções do Estado do ponto de vista da estratégia e política cultural nos museus portugueses.

Ao que tenho lido e ouvido dos mais diversos sectores a discussão centra-se no facto de ser impensável que o Estado possa vender uma colecção como esta dado o seu valor artístico e patrimonial. No entanto, não consegui perceber o que fará o Estado com a colecção se não a vender. As obras integram a colecção do Museu Nacional de Arte Contemporânea é uma das opções (a que me parece mais válida de tudo o que li… e acreditem que li muitos disparates), mas ao ler a missão do Museu do Chiado “Coleccionar, conservar e apresentar um acervo público de arte portuguesa de 1850 até à actualidade, bem como estimular o seu conhecimento fruição e confronto com práticas artísticas de outras nacionalidades” parece-me que a sua integração nesta colecção vai contra a própria missão do Museu, não é? A não ser, e aí retiro o que disse atrás, que o confronto com as práticas artísticas de outras nacionalidades tenha sido pensado para a contínua incorporação de obras de autores estrangeiros, o que me parece pouco exequível, e não com a perspectiva de organização de exposições temporárias que facilitassem esse confronto. Ainda assim, e aceitando que não via contra a missão do museu, a decisão da sua incorporação iria de encontro à política de colecções do museu? Não haveria outras necessidades a suprir no âmbito da arte portuguesa? São inúmeras as questões levantadas.

Se não fosse no MNAC poderíamos verificar, no panorama nacional, que outro museu poderia ficar com a colecção em depósito (Serralves é uma opção? Perdoem-me o desconhecimento sobre a constituição da sua colecção e limites temporais associados) e resolvia-se o facto de “perdermos” uma colecção com a importância que esta tem/terá para o país. Seria uma opção válida à partida se houvesse definição clara dos propósitos que nos levaram a investir (sim nós contribuintes pagamos bem caro por aquela colecção) um bom dinheiro na sua aquisição. Mas será que esses propósitos estão definidos? Será que temos uma política cultural? Ela resulta em alguma estratégia de actuação no desenvolvimento das colecções dos museus portugueses?

Eu, infelizmente, acho que não. Não a temos na Cultura e nas restantes áreas. Se a tivéssemos, ainda que só na Cultura, a justificação para esta venda poderia ser a compra de outras obras que pudessem completar a colecção do MNAC ou de qualquer outro museu tutelado pelo Estado. Se a tivéssemos na Cultura e noutras áreas poderiam dizer-nos que o montante que resulta da venda destas obras serviria para providenciar melhores meios para investigação científica ou para o Serviço Nacional de Saúde, por exemplo. E este é um dos maiores problemas, transversal a todas as áreas, que o país enfrenta. Não temos uma política definida e isso resulta, sempre, em navegação à vista.

A discussão sobre a colecção de Mirós do BPN entre governo e oposição é o espelho do desgoverno em que uns e outros estão. Seria bom perceber as propostas de uns e outros para o futuro desta colecção (sem ser a venda) e ouvir da parte do governo uma boa e sólida explicação para o (muito) atrapalhado processo de saída das obras do país. Pois se juntarmos este caso, ao do Crivelli parece que, para o governo, não temos a necessidade de uma Direcção Geral do Património Cultural e podemos dispensar a chatice que são os pareceres contrários às deliberações de S. Bento.

© Imagem: Wikipedia.

“[…] Onde, mais do que lutar, parece que desistimos também de pensar.”*

“[…] Onde, mais do que lutar, parece que desistimos também de pensar.”*

Ando completamente desfasado da realidade, ou melhor, a realidade está a passar com uma velocidade que não me tem sido possível acompanhar nos últimos tempos os diferentes (e interessantes) assuntos que têm ocupado o universo dos museus em Portugal. A triste realidade da venda dos Miró, o contínuo silêncio sobre a política cultural (não só a nível dos museus), a ausência de debate em torno do novo quadro comunitário de apoio (este deveria ser um assunto mais do que urgente) e assuntos de menor importância como a publicidade nas fardas usadas pelos funcionários de alguns monumentos, são alguns dos assuntos que não tenho conseguido acompanhar conforme gostaria e, como tal, nem me vou alongar sobre qualquer um deles.

No entanto, consegui hoje ler um texto do Luís Raposo (vejam lá o calibre do meu desfasamento), que apanhei no pportodosmuseus (obrigado Patrícia), intitulado “Os museus em face do presente e do futuro” (Público – 17-01-2014), onde somos confrontados com uma visão informada sobre a actual realidade e os caminhos (?) futuros a escolher pelos museus, políticos e agentes culturais. A realidade é difícil, bem o sabemos todos, neste sector chega a ser impossível, mas não será usada mais vezes do que deveria como desculpa para manter o actual estado das coisas? A última frase deste excelente artigo de Luís Raposo (título deste post) sintetiza brilhantemente aquilo que eu também sinto face aos actuais problemas no sector: pior do que deixar de lutar por melhor condições, mais investimento, por mostrar que a Cultura pode ser rentável (e não me refiro meramente ao lucro monetário) e é basilar, é não pensar continuamente qual o caminho que pretendemos seguir e questionar, sempre, se o caminho que seguimos é o que melhor serve a nossa e, principalmente, as seguintes gerações.

*Luís Raposo – Público. 17-01-2014

PS: uma notícia a salientar é a publicação (finalmente) do “Panorama Museológico em Portugal (2000-2010)”. Uma publicação de extraordinária importância para quem trabalha nesta área. Assim que a tiver em mãos prometo um post sobre o assunto.

© Imagem: Pportodosmuseus.

Ciclo de Debates | Pensamentos sobre Arte Contemporânea | IN – Festival Internacional de Inovação e Criatividade | 14 a 17 de novembro | FIL – Parque das Nações

AntiFrame | Art Consulting organiza o Ciclo de Debates – Pensamentos sobre Arte Contemporânea em parceria com IN – Festival Internacional de Inovação e Criatividade

Festival IN | FIL, Pavilhão 3, Parque das Nações

20131112-173152.jpg

COM OU SEM ESTADO? CULTURA SOB RESPIRAÇÃO ASSISTIDA

14 de Novembro | 21h

RUI MATOSO | Formador, consultor, gestor e programador cultural. Professor na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa. É mestre em práticas culturais para municípios (FCSH/UNL), onde desenvolveu investigação em políticas culturais, e pós-graduado em gestão cultural. Actualmente, investiga sobre arte política e mediações táticas no doutoramento em ciências da comunicação e da cultura.

ROGÉRIO SANTOS | Doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. Lecciona Comunicação na Universidade Católica Portuguesa, onde também pertence ao conselho editorial da revista Comunicação e Cultura. É vice-presidente do CIMJ (Centro de Investigação Media e Jornalismo) e pertence à coordenação do grupo de trabalho de jornalismo da SOPCOM (Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação). Entre os livros que publicou, destacam-se A Negociação entre Jornalistas e Fontes (Minerva, 1997), Os Novos Media e o Espaço Público (Gradiva, 1998), Jornalistas e Fontes de Informação (MinervaCoimbra, 2003) e As Vozes da Rádio, 1924-1939 (Editorial Caminho, 2005). É ainda co-autor de O Estudo do Jornalismo Português em Análises de Caso (Caminho, 2001) e Rumo ao Cibermundo? (Celta, 2000). Entre 2003 e 2005 foi director da revista Media XXI.

DORA SANTOS SILVA | Bolseira de Doutoramento em Digital Media ao abrigo do programa internacional UT Austin | Portugal CoLab. Dedica-se ao estudo das potencialidades do jornalismo cultural e do jornalismo narrativo na era digital. É licenciada em Ciências da Comunicação e Mestre em Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias (FCSH-UNL). Lecciona Jornalismo Cultural na FCSH-UNL e Storytelling no Jornalismo, como conferencista convidada. Já colaborou, como jornalista, com diversas publicações nacionais e internacionais na área da cultura. É autora do livro “Cultura & Jornalismo Cultural – Tendências e Desafios no Contexto das Indústrias Culturais e Criativas”, editado pela Media XXI. É também investigadora do CIMJ – Centro de Investigação Media e Jornalismo e participa actualmente no projecto de investigação “Cultura na Primeira Página – Um Estudo dos Jornais Portugueses na Primeira Década do Século XX”. Além do jornalismo e da docência, o seu percurso incluiu também o guionismo documental e a gestão editorial de projectos culturais.

ARTE, TECNOLOGIA E INTERACÇÃO. PORTUGAL À MARGEM DA NOVA ERA DOS DESCOBRIMENTOS?

15 de Novembro | 21h

MIGUEL CARVALHAIS | Miguel Carvalhais é designer e músico. Professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, dedicando-se principalmente ao design de interação e media computacionais. Colabora com Pedro Tudela no projecto @c, desenvolvendo composições musicais e audiovisuais, música para teatro, performances e instalações sonoras. Em 2003 ajudou a fundar a editora Crónica, que dirige desde então.

JOSÉ CARLOS NEVES | Licenciado em Design de Comunicação e Mestre em Sistemas de Comunicação Multimédia, onde desenvolveu tese em torno da relação entre corpo, arte e tecnologia. Nos seus estudos actuais de doutoramento tem vindo a trabalhar os “processos de design na arte interactiva”. Autor de um extenso número de projectos de design, nos últimos anos dedicou-se intensamente ao ensino universitário. Coordena cadeiras de formação tecnológica na Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação (ULHT) onde também lecciona nas áreas do design e artes digitais. O foco do seu trabalho de investigação artística está na relação dinâmica entre espectador e obra de arte. Tem desenvolvido trabalhos em co-autoria com João Trindade.

CATARINA PATRÍCIO | Artista Plástica, investigadora em Cultura Contemporânea e Novas Tecnologia, Docente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias [ULHT]. Licenciou-se em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa [FBA-UL: 1998-2003], tendo entretanto estudado fotografia e gravura na Fachhochschule Bielefeld ao abrigo do programa ERASMUS. Em 2008 concluiu o mestrado em Antropologia dos Movimentos Sociais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa [FCSH-UNL], onde é atualmente doutoranda em Ciências da Comunicação.

MODERAÇÃO |

CLÁUDIA CAMACHO | Curadora. Doutoranda em História da Arte (Facultad de Bellas Artes, Universidad Complutense, Madrid) defenderá a sua tese de doutoramento, sob Menção Europeia, em 2014. Comissariou as exposições: High Speed Press Plate de José Luís Neto (CBA, Madrid); Se Busca Memoria Perdida de Kristoffer Ardeña (Centro 14, Alicante); Representação Portuguesa no DVD-Project (Fundação Telefónica, Peru); Contemplaciones (Festival Loop, Barcelona); For Nothing de Pedro Torres (Round The Corner, Lisboa). Coordenadora de actividades no PhotoEspaña|07. Curadora residente convidada pela Academy of Fine Arts and Design para o European Month of Photography/09, em Bratislava. Curadora portuguesa convidada para projecto Jugada a 3 Bandas, Camera Oscura, Madrid|12 e Arte Santander|12, com a exposição Histórias e Desejos de quem Dorme (Ana Rito, Cecilia de Val, Margarida Paiva e Johann Ryno de Wet). Curadora portuguesa convidada para o “Ideological Guide to the Venice Biennial 2013″, Itália. Organizou o Ciclo de Debates da ARTELISBOA 2011. Em Dezembro, assume a curadoria do espaço Embaixada – Palacete Ribeiro da Cunha, em Lisboa. Directora da AntiFrame – Art Consulting.