Coleção Estudos de Museus – novas edições 2020

Coleção Estudos de Museus – novas edições 2020

A Coleção Estudos de Museus, uma parceria entre a Direção-Geral do Património Cultural e a editora Caleidoscópio, acrescenta em 2020 4 novas edições, que procuram divulgar um conjunto de bons estudos e investigações sobre museus e Museologia que abordam diversos temas e perspectivas e saem da pena de 4 competentes colegas.

Duas destas obras foram já apresentados Diogo de Macedo e o Museu de Arte Contemporânea. Pioneirismo e herança na redefinição do Museu de Arte, de Isabel Falcão e Transformar Arte Funcional em Objeto Museal, de Sofia Ponte, estando previsto ainda o lançamento das obras Museus e Escolas. As relações pedagógicas e o papel dos jovens, da Marta Ornelas, no próximo dia 20 de Abril, pelas 18:00h, no Facebook da DGPC, e Os Imperativos da Arte. Encontros com a loucura, da Stefanie Franco (cujo link não consegui ainda encontrar na loja da DGPC), uma semana depois, a 27 de Abril, à mesma hora e no mesmo local.

Os vídeos dos lançamentos anteriores podem ser (re)vistos na página da DGPC no Facebook. A coleção Estudos de Museus conta agora com 21 publicações (salvo erro) que representam um conjunto de estudos importantes e atuais sobre diversos aspectos dos museus e museologia em Portugal e tem sido um importante veículo do conhecimento produzido na academia para todos os que trabalham em museus, senão mesmo o mais importante veículo entre nós.

Espero muito sinceramente que a DGPC encontre sempre forma de manter esta importante parceria com a Caleidoscópio e, já agora, que venha daí um estudo sobre documentação em museus.

Inclusão, migração e museus

Inclusão, migração e museus

“Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você”

Nietzsche, Friedrich, Além do Bem e do Mal – Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal – 31. 3ª edição. Editora Escala, 2011.

Inclusão, migração e museusLi pela primeira vez esta frase de Nietzsche, acreditem ou não, num livro da Marvel chamado “Guerra Infinita” (vai ter direito a filme no próximo ano) publicado há muitos anos atrás e recordo-a sempre que vejo alguém combater um problema, com um outro problema ou criando um problema ainda maior. É, ou melhor tem sido, o que acontece com a migração e os migrantes actualmente. Olhamos de forma indignada para a monstruosidade que causa a migração em massa, mas a inércia que temos face a este problema tem um potencial enorme para nos transformar em monstros. Não me tomem à letra. Eu sei que é uma questão complexa, mas sinceramente não deveríamos fazer mais para resolver isto?

Não se cansem que eu próprio respondo. Devíamos!

E foi isso mesmo que a Acesso Cultura fez com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Uma publicação intitulada A Inclusão de Migrantes e Refugiados: O Papel das Organizações Culturais que pretende ser uma ferramenta de apoio para que as instituições culturais (museus e não só) possam ter um papel activo no esforço para a inclusão das pessoas que se vêem obrigadas a migrar ou forçadas a procurar asilo fora e longe dos seus países. Um documento que contém entrevistas, recomendações, contactos úteis, referências bibliográficas sobre o tema, etc. que nos ajudam na procura das respostas às questões iniciais: Por onde começar? O que é preciso saber? O que fazer e como?.

À Maria Vlachou vai daqui um enorme obrigado por este excelente trabalho. Obrigado esse que estendo à Ana Carvalho, à Ana Braga e ao Hugo Sousa e a todos os envolvidos neste excelente contributo.

A publicação pode (e deve) ser descarregada aqui (em Português e Inglês).

Ferramentas para a documentação em museus

Ferramentas para a documentação em museus

Diariamente, ou quase, sou confrontado com pedidos de ajuda sobre ferramentas para a documentação em museus ou, de forma mais genérica, para inventário e documentação de património cultural. Ao longo de quase 20 anos de trabalho nesta área tenho respondido a quase todos estes pedidos com diversas informações, quase sempre em inglês, que vou recolhendo das pesquisas na net e bibliotecas. Livros, artigos, sites, projectos, normas, boas práticas, entre muitas outras fontes de informação interessantes que me vão servindo de apoio para as mais diversas questões. No entanto, o panorama tem mudado recentemente, senão vejamos.

O que tem mudado?

Nestes últimos anos temos assistido a um conjunto de iniciativas muito interessantes no panorama da documentação de museus na comunidade de países de língua portuguesa. Desde os seminários que têm sido organizados no Brasil por diversas instituições e colegas em 2010, 2012, 2014, entre outros (basta googlar se quiserem), passando para a publicação do SPECTRUM em Português, em 2013, disponível no site do projecto SPECTRUM PT, até a um conjunto de iniciativas felizes de que são exemplo os Encontros Documentais de Vila de Rei, que marcam também a iniciativa de diversas entidades a nível local e nacional em Portugal, são diversos os motivos que me levam a pensar, ou melhor, a saber que estamos melhor do que estávamos há uns anos.

Uma destas iniciativas, na minha opinião a mais importante no panorama nacional, foi a criação do Grupo de Trabalho de Sistemas de Informação em Museus no seio da BAD. É um grupo de trabalho nascido em 2012 e que tem como objectivo principal reflectir e trabalhar para melhorar os meios que os profissionais de informação têm ao seu dispor nos museus. É descrito da seguinte forma no site da BAD:

O GT de Sistemas de Informação em Museus procura pensar o Museu como um centro de produção de conhecimento ao assumir o objeto de museu como documento e o acervo da instituição museológica, existente nas Reservas, Arquivo, Biblioteca ou Centro de Documentação como um todo unitário nas suas inter-relações informacionais. A visão integradora do acervo do Museu implica um maior enfoque nas potencialidades informativas do acervo, contribuindo assim para uma mais eficiente gestão de toda a informação sobre património produzida em contexto museológico.

O GT-SIM tem várias linhas de acção sobre as quais podem ler mais na página de Facebook criada para a divulgação das actividades. No entanto, nesta data queria falar-vos dos resultado de algumas dessas iniciativas que foram agora dados a conhecer.

 

O Diagnóstico aos sistemas de informação nos museus portugueses

Este será, estou certo, um dos maiores contributos que o GT-SIM dará à comunidade museológica nacional e aos profissionais da documentação nos museus portugueses. É um retrato daquilo que os museus são actualmente no que diz respeito aos seus sistemas de informação e permitirá debater e reflectir sobre políticas nesta área com base em informação fidedigna. Além de ser este instrumento importante, será também a base para futuros estudos nesta área, porque os dados apresentados levantam uma série de questões interessantes que poderão ser alvo de estudos mais finos.

 

Ferramentas para a documentação em museus - Vocabulários Controlados

Os vocabulários controlados na organização e gestão do património cultural: orientações práticas

É um trabalho fundamental para a documentação das colecções. Saber criar e manter um vocabulário controlado é uma das tarefas mais exigentes nesta área de trabalho nos museus que é agora facilitada pela criação deste interessante e muito bem escrito documento pelas colegas (e amigas) Natália Jorge, Filipa Medeiros, Juliana Rodrigues Alves e Susana Medina.

 

Os Guias Técnicos de implementação da SPECTRUM PT

Ferramentas para a documentação em museus - Guias Técnicos

Por fim, os guias técnicos são um conjunto de documentos de auxílio à implementação da norma SPECTRUM que procuram facilitar a forma como os procedimentos são introduzidos no dia-a-dia das actividades de gestão das colecções museológicas, baseados nos SPECTRUM Advices, que foram traduzidos e adaptados para a realidade nacional por mim e pelos colegas (e amigos) Ana Braga, Catarina Serafim, Cristina Cortês, Eugénia Correia, Juliana Rodrigues Alves, Leonor Calvão Borges, Olga Silva, Paula Moura, Paula Aparício e Rafael António.

 

E no futuro?

Como vêm julgo que temos motivos para sorrir. Começamos a ter disponível um conjunto de ferramentas essenciais para a formação de novos profissionais e para o trabalho dos actuais profissionais de documentação em museus. É certo que algumas delas já as tínhamos, mas agora temos em Português, adaptadas à nossa realidade, sem barreiras nas linguagens técnicas.

Além disso, temos agora um panorama real sobre os sistemas de informação dos museus que nos obrigará, espero eu, a reflectir sobre o actual ponto de situação e a pensar onde pretendemos estar daqui a 10 ou mais anos, procurando influenciar positivamente as tutelas e as políticas a seguir (isto acreditando ainda que serão criadas e implementadas de forma consequente).

É um desafio contínuo, bem sei, mas também o foi a criação do GT-SIM e a definição de um conjunto de tarefas agora concluídas.

Apresentação do diagnóstico aos sistemas de informação nos museus portugueses

Apresentação do diagnóstico aos sistemas de informação nos museus portugueses

Parece que foi ontem, mas na realidade já faz algum tempo, desde que discutimos na sede da BAD o que seria essencial tratar no âmbito do Grupo de Trabalho sobre Sistemas de Informação em Museus (GT-SIM) que a BAD decidiu criar, em 2012. No entanto, passaram já uns anos e começamos agora a colher o fruto de algumas boas decisões que foram tomadas nessa altura.

Na próxima segunda-feira será apresentado, em Lisboa, aquele que eu considero o maior contributo que este grupo dará ao sector dos museus na área da documentação: o “Diagnóstico aos sistemas de informação nos museus portugueses”. Um trabalho de recolha e análise de informação, com base num inquérito cuidadosamente elaborado por um conjunto de profissionais de museus, bibliotecas e arquivos, onde se procura traçar o retrato da realidade portuguesa sobre os sistemas de informação (não confundir com as aplicações usadas nos sistemas de informação de museus) das instituições museológicas portuguesas.

Este trabalho é um ponto de partida muito importante. É um dignóstico que permitirá informar as tutelas e os técnicos dos museus sobre a realidade nacional. Não pretende apontar caminhos, mas antes mostrar onde estamos e deixar ao cuidado da comunidade museológica as decisões estratégicas a tomar para que o futuro possa ser melhor do que a realidade.

Recordo que várias pessoas presentes naquela primeira reunião na BAD abraçaram este projecto com muita energia, mas o esforço do Jorge Santos e da Conceição Serôdio nesta hercúlea tarefa deve ser aqui registado com destaque, assim como deve ficar registado o trabalho voluntário deles e de um conjunto de colegas sem os quais este trabalho não seria possível.

Deixo-vos abaixo o texto de divulgação do evento que a BAD irá realizar na próxima segunda. Inscrevam-se e participem!

Programa


O Grupo de Trabalho Sistemas de Informação em Museus (GT-SIM), estrutura criada em 2012 no seio da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD), irá realizar no dia 3 de abril de 2017, em Lisboa, no ISCTE-IUL – Auditório Caiano Pereira (Edifício I, Piso 0)  a sessão de apresentação dos resultados do “Diagnóstico aos sistemas de informação nos museus portugueses”.

O crescente interesse do público no conhecimento dos acervos museológicos, impulsiona a visão do museu como um sistema de informação e potencia o valor informacional do objeto museológico. Deste modo, o acervo do museu repartido pelos espaços expositivos, reservas, biblioteca/centro de documentação e arquivo exige equipas multidisciplinares, em especial formadas por profissionais de informação: museólogos(as), bibliotecários(as) e arquivistas numa articulação interna dos diferentes setores do museu. Este trabalho conjunto e pluridisciplinar dos(as) profissionais do museu, é a base para a concretização do sistema de informação integrado.

Nesta medida, reveste-se da maior relevância conhecer a realidade portuguesa nesta importante questão da gestão da informação dos acervos nos museus. Foi com este propósito que o Diagnóstico assumiu como objetivo o levantamento e caracterização no que diz respeito às áreas da gestão da informação sobre os seus vários tipos de bens patrimoniais, de forma a possibilitar o desenho de um quadro global desta realidade. Os resultados têm por base a aplicação, no decurso do ano de 2016, de um inquérito por questionário a um conjunto selecionado de museus.

Não deixe de participar!!

inscrição na Sessão de Apresentação é gratuita, mas obrigatória!

PROGRAMA
15h00 | Sessão de Abertura
João Sebastião (Diretor do CIES-IUL, ISCTE-IUL)
Alexandra Lourenço (Presidente da BAD)

15h20 | Apresentação do GT-SIM
Fernanda Ferreira (GT-SIM)

15h40 | Apresentação e discussão dos resultados do Diagnóstico
Moderadora: Conceição Serôdio (GT-SIM)
Jorge Santos (GT-SIM, CIES-IUL), coordenador do estudo
José Soares Neves (ISCTE-IUL, CIES-IUL), sociólogo convidado
Clara Frayão Camacho (DGPC), museóloga convidada

16h45 | Debate

17h00 | Encerramento
Maria José Moura (Sócia honorária fundadora da BAD)
Conceição Serôdio (GT-SIM)

Publicar em formato digital?

Publicar em formato digital?

Os museus têm, ao longo dos últimos anos, debatido a utilização das publicações digitais em substituição dos tradicionais catálogos impressos que usamos, público e profissionais, para dar a conhecer e para conhecer melhor o património cultural que guardamos. Esta discussão resulta, em meu entender, na desconfiança existente relativamente ao formato digital e à menor importância dada a este meio principalmente no sector académico.

Apesar das vantagens (económicas e não só) os museus continuam a preferir a publicação impressa para os seus catálogos, criando documentos com elevado valor científico e visual, mas com evidentes limitações quando comparados com as novas formas e plataformas de publicação digital. Julgo que poderemos apontar diversas razões para que assim aconteça – eu próprio ficaria preocupado com a durabilidade dos suportes, por exemplo – mas, em boa verdade, poderemos fazer o mesmo para modificar esta situação e abraçar, de uma vez por todas, a publicação digital.

O Getty, através do projecto OSCI (Online Scholarly Catalogue Initiative), aponta, no vídeo que abaixo partilho, 5 razões pelas quais devemos abraçar, tal como fizeram já alguns museus, a publicação digital dos catálogos dos museus. São elas:

1. publicação de resultados de investigação mais rápida;
2. conteúdo multimédia expandido;
3. conteúdos desenvolvidos sobre a documentação de conservação e restauro;
4. interactividade;
5. experimentar de forma directa obras em áudio ou “time-based”.

Quanto a mim são muito válidas, mas julgo que ainda podemos encontrar outras. Eu juntaria a estas a actualização facilitada dos conteúdos e o menor custo da publicação e das suas actualizações, e vocês? Alguma razão para abraçarmos a publicação digital de catálogos?

E novidades? Tens?

E novidades? Tens?

Todos os dias chegam-me, pelas mais diversas vias, notícias sobre a actualidade (política, desportiva, cultural, etc.). É, desde que me lembro de comprar jornais, a primeira coisa que faço (mesmo que seja por breves instantes) quando chego ao trabalho ou quando estou a tomar café, a caminho de um local qualquer. É um ritual que me dá prazer e que é absolutamente necessário para a vida profissional e pessoal. Um hábito que adquiri através do meu pai.

Normalmente foco-me naquilo que são as boas notícias do dia. Sou um optimista, bem sei, mas focar a atenção no que é positivo é, em meu entender, mais produtivo do que lamuriar o negativo. Não o negligencio, aprendo com ele, mas faço-o tal e qual como aprendemos (será que aprendemos?) a olhar para os maus momentos da História, evitando repetir os erros que nos levaram a esses momentos. Dito isto, aqui ficam algumas notícias que hoje me chegaram ao ecrã:

Museus Militares do Porto e Elvas e Museu da Marioneta credenciados na Rede Portuguesa de Museus

Ora aí está uma boa notícia. Conheço os dois primeiros e, infelizmente, ainda não tive oportunidade de conhecer o Museu da Marioneta. Mas o reconhecimento do empenho que os museus e as suas tutelas dedicam no processo e exigências para pertencerem à RPM é sempre motivo para festejar. A RPM pode estar numa fase difícil, mas é, sem qualquer sombra de dúvida, um dos mais importantes projectos para os museus portugueses das últimas décadas. A sua continuação, ainda que em moldes que não sejam os mais indicados, é também uma notícia importante. A lamentar apenas, nesta notícia, a saída do Museu Agrícola de Entre o Douro e Minho da rede, mas o lamento já tem algum tempo (o museu fechou já há algum tempo).

Os despachos citados na notícia podem ser encontrados aqui.

Museu do Brinquedo em Sintra irá fechar em breve

Não é uma notícia de hoje, antes pelo contrário, mas o que é actual é este texto da Maria Vlachou e a interpelação do BE ao governo sobre o assunto. Sobre o texto da Maria (que subscrevo inteiramente) apenas vos quero dizer que fico exactamente com as mesmas dúvidas que ela tem: porque é triste? porque é que o museu vai fechar? o que é que o museu oferecia à sua comunidade? Analisar estas questões apenas com números (orçamento e número de visitantes) é um dos maiores problemas relativamente à sustentabilidade dos museus em Portugal. E pensar em novas formas (concretas) de financiamento público e privado dos museus, não seria melhor do que interrogar o governo sobre um museu específico, ó rapaziada do BE?

APOM elege novos corpos sociais para o triénio 2014-2017

Não tivesse sido eu membro dos corpos sociais anteriores e destacaria igualmente esta notícia. A APOM é uma das mais importantes organizações associativas na área da cultura e museus. A eleição de novos corpos gerentes é a prova da sua vitalidade e dinamismo. Eu queria aqui mandar um abraço especial ao João Neto e a todos os colegas da anterior direcção (os que transitam e os que seguiram outros caminhos), bem como a todos os colegas que foram agora eleitos. Um enorme abraço e os meus mais sinceros desejos do maior sucesso.

Exposições na Europeana

Não vos vou maçar de novo com a minha opinião sobre este importante projecto europeu, mas queria chamar a atenção para os meus colegas e para os museus portugueses para a importância de participar na construção de recursos como os que agora estão online no portal Europeana Exhibitions. Alerto para este recurso que é um importante complemento da disponibilização das coleções online. Não basta colocar a informação técnica sobre os objectos disponível na rede, é (mais importante ainda) tratar essa informação, apresentar esses dados de forma contextualizada, segundo os mesmos critérios que nos norteiam na construção das exposições.

A publicação de mais um número da MIDAS

As publicações científicas na nossa área são escassas. Quer as editadas aqui em Portugal, quer as que têm o português como principal língua. Por isso é importante a existência de uma revista com revisão científica credível como a MIDAS. Neste número irão encontrar bons artigos e um dossiê dedicado ao tema “Museos y participación biográfica”. Eu fiz um pequeno contributo com a recensão crítica do livro “Museus del Templo al Laboratorio: La Investigación Teórica” de Juan Carlos Rico, mas já vi que temos muitos temas interessantes para ler neste número.

A maior coleção de gravuras de Rembrandt está em Águeda

Eu não gosto do título desta notícia. Julgo que é algo muito português esta mania que o nosso jornalismo tem de tentar que tudo seja passível de entrar para o livro dos Records do Guiness! A maior coleção do mundo, o maior fóssil da europa, o maior pastel de chaves, a maior sardinhada, etc. são maus títulos que escondem aquilo que, em meu entender, seria a verdadeira notícia: uma coleção boa de gravuras de Rembrandt, boa! E como ela chegou ao museu da fundação? Que história têm aquelas peças? Onde é o Museu? Quem era Dionísio Pinheiro e porque dá o nome ao museu e à fundação? Entre outras…  Ainda assim um exemplo, se calhar desconhecido para a maioria da população, daquilo que os nossos museus têm para oferecer.

E que mais notícias têm vocês para me dar?

© imagem: www.mashable.com