A estudar

Para um projecto novo e muito interessante. Tenho de vos confessar que adoro o que faço. Permite que conheça as mais diversificadas pessoas que trabalham em museus, permite-me que, juntamente com elas, possa estudar e aprender cada vez mais matérias, ou pelo menos rever algumas delas, permite-me, por fim, ter discussões que não seriam possíveis se estivesse fechado num qualquer gabinete.

Isto a propósito de um novo projecto que me levou a ler este livro de referência, para quem quiser saber mais sobre Marcas de água e da sua importância na datação de documentos, por exemplo.

Aula no mestrado de Museologia

Amanhã às 18:30h aula no mestrado de museologia sobre Normalização em sistemas de gestão de informação de colecções museológicas.

Uma perspectiva do trabalho de mestrado, apontando alguns dos problemas com a investigação e tentando explicar as dificuldades vs vantagens de investigar com base em inquéritos.

Espero que lhes seja útil.

Editado: mestrado em museologia no Porto, claro! 🙂

Temas de debate – Conhecimento das colecções

Agora que tenho (pouco) mais tempo para dar atenção ao blog, aproveito para lançar uma nova iniciativa do Mouseion, na qual andava a pensar há algum tempo, que visa promover a discussão de alguns temas ligados à museologia e aos museus. Chamar-se-á Temas de debate (original, eu sei!)

O primeiro tema (não podia deixar de ser) é o do conhecimento que os museus têm sobre as suas próprias colecções.

Será que os museus conhecem as suas colecções? De que forma as conhecem? Sabem quantos objectos existem no museu? Em que ano foram incorporados? Que tipo de informação guardam os museus sobre as suas colecções? Que ferramentas utilizam para o fazer? Que formação tem quem o faz? Que meios técnicos existem nos museus para esta tarefa?

Estas e muitas outras questões foram colocadas no âmbito da minha tese de mestrado em Museologia (Os sistemas de informação na gestão de colecções museológicas – Contribuições para a certificação de museus), apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que defendi no passado dia 8.

Em termos gerais (se é que se pode colocar este assunto tão levianamente) os museus têm boas condições de trabalho. A avaliar pela informação recolhida em inquérito, os museus têm meios técnicos suficientes (bases de dados, computadores e recursos tecnológicos) e têm recursos humanos capacitados (se exceptuarmos a inexistência dos técnicos intermédios) para este trabalho. Por outro lado, têm tido apoios diversos dos quadros comunitários e dos programas de qualificação da rede.

No entanto, a informação sobre a totalidade das colecções é escassa, muito escassa, por vezes mesmo inexistente. Do total de objectos que os museus (os 76 que responderam ao nosso inquérito) estimam guardar, apenas 10% estão documentados em base de dados e apenas 19% das colecções estão inventariadas. Reparem que se tratam, na sua maioria, de museus que compõem a RPM.

Penso eu que seria importante promover um debate sério sobre este problema, pois de que forma podem os museus cumprir a sua missão, sem conhecerem minimamente as suas colecções?

Então fico a aguardar algumas reflexões da vossa parte (nos comentários ou por e-mail para alexandrermatos@gmail.com).

Em todo o caso apresentarei aqui, em futuro post, uma proposta de resolução deste problema.

Material de cursos online

Alertado pelos caminhos do conhecimento… cheguei a esta página, onde podem encontrar um sem número de recursos do afamado MIT. Eu destacava este e este, mas podem obter informações sobre todos os materiais disponíveis online aqui.

Em todo o caso, para quem for utilizador do ITunes, poderá encontrar na Store um link para o ITunes U onde encontra recursos disponibilizados por algumas das mais importantes universidades dos USA (incluíndo o MIT, Stanford ou Yale).

O link é http://deimos3.apple.com/indigo/main/main.xml (recordo que precisam de ter o Itunes instalado, porque este link abre essa aplicação).