SPECTRUM PT

SPECTRUM PT

Nos próximos dias termina um ciclo de quase 5 anos em que me bati por um projecto que julgo poder vir a ser fundamental para os museus portugueses e seus profissionais na área da documentação e gestão de colecções. Será apresentada em Coimbra, no Encontro de Utilizadores da Sistemas do Futuro, no âmbito da cerimónia pública de assinatura da SPECTRUM International License Agreement entre a Collections Trust e o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, a página do projecto SPECTRUM PT.

A ideia de traduzir para português e adaptar esta norma ao contexto legal português nasceu com a minha participação na Conferência Anual do CIDOC de 2008, em Atenas, onde conheci o Nick Poole e o Gordon McKeena, membros da Collections Trust, que foram os responsáveis por um workshop sobre a internacionalização do SPECTRUM. Procuravam parceiros a nível internacional para traduzir e adaptar o SPECTRUM a outras realidades e, dessa forma, obter um contributo de escala mundial no desenvolvimento da norma. A ideia cativou-me desde logo e mantive o contacto com os dois responsáveis até conseguir arranjar uma instituição portuguesa interessada no projecto.

Em 2011 o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra manifestou o seu interesse pelo projecto e acordou a assinar, com a Collections Trust, a licença internacional que o torna a instituição responsável pela tradução para português e pela adaptação e promoção da norma no âmbito do território português.

Com esta assinatura, só possível graças à vontade manifestada pelos responsáveis do Museu da Ciência (Prof. Doutor Paulo Gama Mota e Prof. Doutor Pedro Casaleiro), a quem desde já agradeço o interesse no projecto, foi possível criar as condições para realizar, com o apoio da Sistemas do Futuro, a primeira tradução portuguesa do SPECTRUM (versão bruta traduzida por empresa de tradução), depois revista por diferentes profissionais de museus e por mim, a qual foi apresentada como anexo no âmbito do doutoramento em Museologia que apresentei à Faculdade de Letras da Universidade do Porto e cujas provas públicas aconteceram no passado dia 18 de Fevereiro.

O SPECTRUM PT, designação do projecto de agora em diante, inicia agora uma segunda fase. Uma fase que ainda não disponibilizará ao público a versão portuguesa da norma, conforme estava inicialmente previsto, dado o interesse manifestado por algumas instituições brasileiras ter levado as entidades participantes no projecto a decidir por um adiamento da publicação da norma, de forma a possibilitar a inclusão daqueles novos parceiros e a publicação da norma, em Portugal e no Brasil simultaneamente, nas condições que serão anunciadas no encontro referido.

SPECTRUM Antecipate

Como compreenderão é um momento feliz para mim e por isso não posso deixar de agradecer aqui a todas as pessoas e instituições que tornaram possível a sua concretização:

Collections Trust
Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
Sistemas do Futuro
Nick Poole
Gordon McKenna
Alex Dawson
Susanna Hillhouse
Prof. Doutor Paulo Gama Mota
Prof. Doutor Pedro Casaleiro
Prof. Doutor Rui Centeno
Fernando Cabral
Equipa do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra

Agradeço também ao Gabriel Bevilacqua Moore pelo interesse e entusiasmo com que aderiu ao projecto e às instituições brasileiras que agora fazem parte deste projecto: a Secretaria de Cultura do Estado de S. Paulo, a Pinacoteca do Estado de S. Paulo e o Museu da Imigração do Estado de S. Paulo.

Por fim não quero deixar de agradecer também a todos os colegas e amigos que ajudaram na tradução e revisão do SPECTRUM. Foram inexcedíveis no apoio e essenciais para a tradução da norma.

A todos um grande obrigado por terem aderido e tornado possível o SPECTRUM PT. Será certamente um marco importante no panorama da gestão e documentação de colecções dos museus portugueses e brasileiros e de outros países da lusofonia que se interessem pela utilização da norma. Espero que possam aderir em massa à utilização desta norma, afinal o projecto só terá o sucesso que os museus e os seus profissionais lhe permitirem.

Alteração: menção da 2ª editora da versão 4.0 do SPECTRUM.

Museus (Memória+Criatividade)=Mudança Social – 18 de Maio

Museus (Memória+Criatividade)=Mudança Social – 18 de Maio

Este ano temos Dia Internacional de Museus e Noite dos Museus a 18 de Maio dedicados ao tema da Mudança Social e do papel que os museus podem assumir para a mudança da sociedade através da utilização criativa da herança cultural que têm a responsabilidade de guardar e divulgar.

O 18 de Maio é sempre uma oportunidade para se visitar (ainda que seja a única vez que o fazem no ano) um museu e este ano são várias as iniciativas e poucas as desculpas para não rumarmos todos a um museu perto de casa. Abaixo o PDF da DGPC com diversas iniciativas de museus de todo o país.

Programa 18 de Maio
Consultório do Museu de Portimão

Consultório do Museu de Portimão

Esta ideia do consultório do Museu de Portimão (aproveito desde já para dar os parabéns ao Dr. José Gameiro e à equipa do museu pela excelente iniciativa) é, a todos os níveis, de salientar.

Desde logo é uma forma simples e eficaz de colocar directamente o museu (e a mestria dos seus técnicos) ao serviço da sua comunidade, ganhando o seu reconhecimento e atenção, trabalhando em prol da conservação e preservação do património (por vezes de elevada qualidade) que é propriedade de privados. Em segundo lugar porque é uma boa forma que o museu encontrou para conhecer e estudar objectos e/ou colecções que normalmente não são do conhecimento público (algumas serão bem interessantes, por certo). E finalmente, porque esta é também uma forma de chamar visitantes ao museu e dar-lhes a conhecer alguns aspectos práticos, e menos visíveis, do trabalho que é feito nos museus.

Fica aqui também a divulgação para os interessados. Os meus redobrados parabéns a toda a equipa.

portimao

E pelo que parece a ideia, com a participação da Patrícia Remelgado do pportodosmuseus, acaba por ser espalhada através da criação de uma Rede de Consultórios de Museus. Excelente ideia… excelente ideia!

Entregue e aprovado!

Entregue e aprovado!

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“Aprovado com distinção e por unanimidade!”

Foi com estas palavras que se concluiu uma importante fase da minha vida. Aliciante, estimulante, desafiadora, mas também extenuante e exigente, são alguns dos adjectivos que usaria para descrever o percurso que tracei ao longo deste período em que procurei estudar e investigar a possibilidade de utilização de uma norma de gestão de colecções, o SPECTRUM, pelos museus portugueses, através da sua tradução e adaptação, da sua aplicação num contexto prático (estudando o caso do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra) e, finalmente, criando com a Sistemas do Futuro uma aplicação compatível com essa norma que facilite a sua utilização e disseminação pelos museus. Espero que o resultado possa ser útil aos museus e a todos os seus profissionais que se dedicam à gestão das colecções. No entanto, como todo o fim é o começo de algo novo, em breve trarei aqui notícias de futuros projectos que o desenvolvimento deste trabalho proporcionou e que serão, na minha perspectiva, importantes para a utilização das colecções dos nossos museus.

No entanto, queria aproveitar uma vez mais para deixar aqui expresso o devido reconhecimento e agradecimento a todos os colegas, amigos, família, professores e instituições que de alguma forma contribuíram para este momento.

Desde logo ao Prof. Doutor Pedro Casaleiro e à Prof.ª Doutora Marta Lourenço, arguentes da tese, pelos elogios, questões e, acima de tudo, importantes reparos, que procurarei incorporar na versão final (com correcções) de acordo com as sugestões feitas. Foi um privilégio para mim poder ser avaliado por duas pessoas com um percurso académico e profissional de excelência como é o do Prof. Pedro Casaleiro e da Prof.ª Marta Lourenço.

Um segundo cumprimento é devido ao meu caro amigo (perdoar-me-à a quebra da formalidade) Rui Centeno, meu orientador no mestrado e agora, pelo importante contributo científico que deu ao meu trabalho e, acima de tudo, por estar sempre presente quando necessário. Foi um suporte essencial para este percurso, obrigado. Terá sempre aqui um amigo disponível.

Um agradecimento é também devido ao Prof. Doutor Gonçalo Vilas-Boas, presidente do júri, pelos cumprimentos e elogios.

Ao Prof. Armando Coelho um agradecimento enorme pelo apoio que sempre foi para mim e, especialmente, pela dedicação que entregou sempre ao curso de Museologia. Todos os que lá passamos devemos-lhe essa homenagem.

À Prof. Alice Semedo o agradecimento pelo elogio que fez a mim e ao trabalho que apresentei, o qual me deixou muito sensibilizado, mas principalmente pelo papel importante que a Alice desempenhou (desempenha) enquanto professora do curso de museologia. Já tive a oportunidade de escrever num agradecimento que uma importante parte do trabalho que defendi na segunda-feira a ela se deve. Obrigado.

Ao Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e à Sistemas do Futuro é devido um enorme agradecimento por terem, enquanto instituições relevantes no panorama português, acreditado e apoiado este projecto mesmo na fase difícil que o país atravessa.

Ao Prof. Paulo Gama Mota, director do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, um agradecimento especial, por acreditar que este projecto e o SPECTRUM poderão ser importantes para o desenvolvimento do museu e por ter colocado à minha disposição tudo o que foi preciso para a execução do trabalho.

Ao meu amigo Fernando Cabral, director da Sistemas do Futuro, por ter acreditado neste projecto desde 2008 e por incentivar sempre a procura de conhecimento. É a ele que se devo agradecer, antes de mais, todos os recursos que tive à minha disposição neste projecto e também o investimento que a empresa faz em mim e neste projecto. Obrigado, meu caro, terá sempre aqui um amigo para o que der e vier.

Aos meus amigos Natália, Sónia, Maria, António, Hugo, Armindo e Adão um agradecimento por me terem aturado diariamente ao longo destes anos e pelo vosso importante contributo (directo e indirecto) para a conclusão deste trabalho. Espero conseguir retribuir da mesma medida.

À Collections Trust, em especial ao Nick Poole, ao Gordon McKenna, à Alex Dawson e à Susanna Hillhouse por terem acreditado que este era um projecto interessante e confiarem em mim para a sua execução.

À Fundação para a Ciência e Tecnologia que apoiou financeiramente este projecto através do programa de bolsas de doutoramento em empresa um reconhecimento especial e os votos para que possa continuar apoiar, na área dos museus e património, projectos feitos em parceria com as empresas do sector.

A todos os colegas e professores com quem aprendi e continuarei a aprender, com um especial carinho pelos que puderam estar presentes fisicamente, um enorme obrigado pela vossa força e ensinamentos.

Uma vez mais a todos os amigos, com uma particular dedicatória a todos os que atravessam momentos mais difíceis, com a esperança que sejam momentos que acabem brevemente, fica aqui o meu agradecimento pelos parabéns em forma de mensagem, redes sociais, telefonemas, etc. e também o reconhecimento do papel importante que vocês desempenham na minha vida. À Zé um obrigado especial não só pelos km que fez para estar presente, mas pelo bloco de notas em branco…

Aos meus pais e irmãos um beijo do tamanho do mundo. Nada do que possa fazer é agradecimento suficiente para o que vocês me deram e continuam a dar.

Aos meus sogros, cunhados, cunhadas e sobrinho um beijo muito especial por estarem sempre presentes e serem um apoio sem igual.

À minha mulher, para quem devem ir todos os elogios feitos à clareza e rigor da escrita, o maior dos agradecimentos. Sem ti não era mesmo possível. Obrigado por TUDO!

À Inês e ao João fica a dedicatória deste trabalho por terem sido cúmplices deste projecto com os mimos e amor que o tornaram possível.

Obrigado por tudo e agora vamos em frente que atrás vem gente!

Nota: Assim que tiver a tese publicada (no repositório da UP) aviso e coloco o link.

Madrid: uma cidade de museus ou uma cidade de pessoas que vão a museus? – Maria José de Almeida

Madrid: uma cidade de museus ou uma cidade de pessoas que vão a museus? – Maria José de Almeida

Recentemente, enquanto bolseira do Deutsches Archäologisches Institut, vivi quatro semanas em Madrid. A escolha do verbo é propositada. Já tinha estado em Madrid várias vezes, mas nunca tinha vivido na cidade. E, no caso de Madrid, isso fez toda a diferença.

As vezes em que estive em Madrid deixaram-me a sensação de que não gostava da cidade. É fácil, como turista, não gostar de Madrid. Temos que convir que o centro histórico não tem muito interesse comparado com o de (tantas) outras cidades espanholas. A própria noção de centro histórico é difusa, sobretudo se pensarmos que o núcleo histórico de Madrid é… Toledo. A catedral de Almudena é provavelmente a catedral mais feia da Europa, coisa que só não afirmo com certeza porque não conheço todas. E, a juntar a isto, há um óbvio problema de escala: Madrid é muito grande. Se o turista não se afasta do núcleo Plaza Mayor-Sol-Cibeles, é como tentar ver um Rambrandt a 20 cm de distância da tela. Não se percebe nada.

E depois há os museus. Que também são uns se os vemos como turistas e outros se lá vamos como quem vive na cidade. O privilégio de ter vivido em Madrid durante um mês (também) foi esse.

Fui aos museus como qualquer madrileño vai: à tarde, no fim de um dia de trabalho, ao fim de semana com a família. Podemos então começar por aqui. Os museus estão cheios de gente que vive na cidade.

Claro que isto é uma afirmação completamente empírica. Não me estou a basear em estatísticas de visitantes, em perfis de públicos, nem em qualquer instrumento de análise digno desse nome. E, provavelmente, estou a meter neste saco muito turismo interno espanhol: o meu ouvido não distingue o castelhano de Madrid daquele que se fala em Valência ou Saragoça, por exemplo.

Mas não é apenas por quase só ter ouvido falar espanhol à minha volta nos museus que digo isto. Sobretudo ao fim de tarde, sobretudo nas exposições temporárias, os visitantes pareciam gente que terminou o dia de trabalho e, com um compañero ou compañera, antes de ir para casa, passou pelo museu. Como um dia depois, se calhar, passaram pelo bar de tapas ou, no dia anterior, tinham ido às compras. Fragmentos de conversas ouvidas aqui e a ali ajudaram a compor esta impressão. As visitas guiadas também. No museu Thyssen, no Reina Sofia, integrei-me em animados grupos castelhano-falantes que, se não eram maioritariamente constituídos por madrileños, disfarçavam bem. Ainda que alguns pudessem ser, como eu e outros estudantes estrangeiros, madrileños temporários. A procura deste tipo de actividades é, aparentemente, grande: em quatro semanas não consegui lugar nas “visitas fora do horário” do museu Lazaro Galdiano.

Muitas vezes, noutras cidades e até na minha, os museus sentem-se como um corpo separado do quotidiano dos que nela habitam. E, atenção, não digo isto com um sentido negativo: pode ser muito interessante que os museus se assumam na cidade com um carácter excepcional e único, algo que se procura e valoriza por isso mesmo. Em Madrid, contudo, a sensação que tive foi outra: os museus fazem parte do quotidiano da cidade e isso é, igualmente, muito interessante.

Regressada a Lisboa, fiz o mesmo: no fim de um dia de trabalho, passei pelo museu. Fui ver a exposição As idades do mar na Fundação Gulbenkian. Diferenças em relação aos museus de Madrid? Só(?) as pessoas que lá estavam dentro.

É verdade que há uma grande evolução no público dos museus portugueses nas últimas décadas. Lembro-me, nos idos de 70 e 80, de ir a museus com a minha mãe e os meus irmãos e sermos os únicos portugueses no meio de turistas. Neste fim de tarde de dia de semana na Gulbenkian já não foi assim. Havia mais portugueses e, sem grande margem de erro, todos lisboetas (turismo interno, como dizia o outro… não temos). Mas eram os “suspeitos do costume”: gente ligada ao ensino nos seus vários graus (alunos e professores universitários, professores do básico e secundário), gente com profissões ligadas, se não às artes e espectáculos, pelo menos, às humanidades. Como os portugueses falam (muito) menos que os espanhóis, isto é uma impressão, literalmente, a olho. Além disso, todos pareciam ter ido ao museu com a consciência da singularidade, e seriedade, do acto.

Haverá certamente muitas razões culturais, sociais e económicas que explicam isto.

Ficando só pelas últimas, em Madrid, tipicamente a entrada em museus custou-me 6€ por visita. A entrada na exposição na Gulbenkian custou 5€. Mais caro em Lisboa, portanto. Porque 5€ são cerca de 41% do valor médio da hora de trabalho em Portugal e 6€ representam 29% do mesmo valor em Espanha, se os senhores do Eurostat não se enganaram nas contas. Por outro lado, o leque de descontos e isenções nos museus de Madrid é bastante mais abrangente do que os de Lisboa. Por ser aluna universitária, por exemplo, tive entrada gratuita no museu Reina Sofia e o mesmo acontece com os desempregados em todos os museus que visitei. Por cá, os descontos para estudantes são cada vez mais restritos e a entrada gratuita dos desempregados só se faz desde Março de 2012 nos museus, monumentos e palácios tutelados pela SEC. Curiosamente nas páginas oficiais dos museus tutelados pela SEC (não fui sistemática, por isso posso estar enganada) não encontrei referência a esta isenção, tendo apenas encontrado menção a descontos para desempregados na Cinemateca e nos teatros nacionais D. Maria II e S. Carlos.

Mas não será só o custo do acesso aos museus que contribui para haver menos lisboetas nos museus de Lisboa que madrileños nos museus de Madrid. E certamente não é isso que justifica a diferença de atitude daqueles que vão aos museus nas duas cidades. Pode argumentar-se que o facto dos museus não fazerem parte do quotidiano das cidades portuguesas é só mais um sintoma dos fracos índices de frequência de todos os equipamentos culturais. Talvez. Ou talvez não… conheço muitas cidades portuguesas em que a biblioteca da rede de leitura pública é presença integrante da vida dos seus habitantes. Já a diferença de atitudes… bom, essa dava pano para mangas e eu não serei a pessoa mais habilitada para a explicar. Limito-me a constatar.

Os museus de Madrid são sem dúvida extraordinários nas colecções, na museografia, na programação. Mas não me parece ser isso que os faz uma referência no panorama museológico europeu. Tendo vivido lá durante um mês, eu arriscava dizer que, mais do que uma cidade de museus, Madrid é uma cidade de pessoas que vão a museus.

As pessoas são as cidades que são as pessoas que são as cidades. Nada como uma grande cidade, como Madrid, para perceber isto. Os museus serem parte desta equação é meio caminho andado para nos entusiasmarmos com eles. Mesmo com os fechados. Como o Museo Arqueologico Nacional, que não visitei, e me deixou entusiasmadíssima com a próxima visita. Já estou a salivar, à espera do anúncio da data de reabertura, sabendo que assim que possa ponho-me a caminho de Madrid para ir ao museu. Entusiasmo. Haverá melhor que se possa esperar de um museu? Haverá melhor que se possa esperar de uma cidade?

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(não deixem de ouvir com som, se possível bem alto)

Maria José de Almeida

Maria José de Almeida é licenciada História, variante Arqueologia, pela Universidade de Lisboa, tendo obtido o grau de mestre em Arqueologia Romana na Universidade de Coimbra. Actualmente integra o programa de Doutoramento em Arqueologia e Pré-história da Universidade de Lisboa, na especialidade de Arqueologia. É autora de vários artigos publicados sobre a temática da ocupação romana no território de Augusta Emerita. Entre 1996 e 2002 trabalhou no município de Santarém, desenvolvendo acções de arqueologia urbana em núcleos históricos. Foi responsável pela primeira fase da Carta Arqueológica de Santarém e pela organização da Reserva Municipal de Bens Arqueológicos. Foi comissária da exposição temporária De Scallabis a Santarém (MNA, 2002). Desde 2003 exerce funções na Câmara Municipal de Cascais, onde implementou o Sistema de Informação dos Museus de Cascais e coordenou a elaboração do respectivo Manual de Procedimentos. Ainda em Cascais, dirigiu o Gabinete de Arqueologia e, actualmente, desempenha funções na Divisão de Ordenamento do Território, tendo coordenado a integração do referido sistema de informação com a plataforma SIG da autarquia. Integra os corpos gerentes da Associação Profissional de Arqueólogos (APA) desde 2002, tendo sendo presidente da direcção no triénio 2007-2009.

Curriculum detalhado aqui.

© Imagem: Ministerio de Educación, Cultura y Deporte | Museo Arqueológico Nacional